São mais de sete milhões de pessoas trabalhando nas fazendas de gado brasileiras
Setor responsável por movimentar mais de R$ 75 bilhões (dentro da porteira), a pecuária brasileira é um gigante que produz 10 milhões de toneladas de proteínas animais por ano e conta com 2,7 milhões de estabelecimentos espalhados pelo País. “Entre outras responsabilidades é dever dos produtores gerenciar bem a mão de obra das propriedades. A eficiente gestão das pessoas pode significar a diferença entre o lucro e o prejuízo de uma atividade avaliadas nos detalhes”, ressalta o CEO do BeefPoint (Piracicaba/SP), Miguel Cavalcanti, também promotor do BeefSummit Brasil 2015, evento realizado em Ribeirão Preto (SP) e que reuniu os principais produtores, consultores, técnicos e gestores da cadeia da carne bovina.
A indiscutível importância da mão de obra das fazendas pecuárias foi, inclusive, um dos temas mais presentes do evento. Para o pecuarista Alaor Ávila, ver um funcionário com carro próprio foi uma das grandes satisfações que teve. “Isso significa que ele está melhorando de vida, e sinal também de que a fazenda está contribuindo para o seu crescimento”, afirmou durante o BeefSummit.
Miguel Cavalcanti apresentou os cenários da pecuária durante evento realizado em Ribeirão Preto (SP) (Foto: reprodução)
Miguel Cavalcanti apresentou os cenários da pecuária durante evento realizado em Ribeirão Preto (SP) (Foto: reprodução)
Confinadores de todo o Brasil apresentaram suas próprias experiências. Para Alexandre Foroni, de Rondônia, a integração de toda sua equipe, desde a terminação até o abate, é fundamental para o entendimento da cadeia produtiva. “A valorização das pessoas é chave para o sucesso dos projetos pecuários, e isso é possível com medidas simples, como reuniões periódicas para identificar o que eles pensam, se têm dúvidas sobre o trabalho ou o que podem fazer para melhorar”, destacou. Já André Peroni, de Barretos (SP), fala que as pessoas precisam ser tratadas de acordo com suas peculiaridades. “Troca de informações e diálogo com a equipe são fundamentais, mas também é importante dar tempo às pessoas para aprender e valorizar as melhores ideias e quem é ‘pau pra toda obra’”, explica.
O consultor Edmour Saiani entende que o melhor chefe é justo, mas muito exigente. “Esse comportamento ajuda as pessoas a se desenvolverem”, disse. Para Miguel Cavalcanti, há uma diferença entre o líder que repassa atribuições e cobra resultados e o líder que apenas passa as tarefas e esquece de realizar o acompanhamento. “A profissionalização da atividade não envolve apenas produzir mais, melhor e com mais lucro, também é fundamental ter uma equipe proativa, motivada e valorizada”, finaliza.
Fonte: BeefPoint, adaptado pela equipe feed&food.