Campo Grande (MS) – Há mais de dez anos trabalhando com autonomia no campo, o casal de produtores Mário e Marta Lanza é um exemplo de sucesso na produção de leite e seus derivados. Trabalhadores do campo, residentes em um sítio em Rochedinho, os dois relatam que por muito tempo utilizaram o serviço de assistência técnica da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) a seu favor, a ponto de hoje não fazer mais uso desse tipo de atendimento. “Hoje não usamos mais, porém a nossa propriedade tá sempre de portas abertas para a equipe da Agraer. Somos gratos ao trabalho da instituição e recomendamos aos outros agricultores”,
Apesar de não fazer mais parte da lista de produtores que buscam a assistência da Agraer, a família revela que continua com uma parceria com a Instituição, sendo sinônimo de orgulho e empreendedorismo. “Foi em 2006, com a ida da Feirona Central para a antiga estação ferroviária da Capital que surgiu a oportunidade de um novo trabalho em conjunto com a Agraer. Através de um convênio conseguimos um box voltado a agricultura familiar para a venda de nossos produtos”.
Antes disso, o casal comercializava desde 2002 na mais famosa feira de Campo Grande através da ajuda de um amigo também feirante. “Ele nos concedeu um pedaço de sua barraca para a venda de nossos produtos. Deu tão certo que quando a feira mudou de endereço, fomos até a Agraer em busca de auxílio para conseguirmos uma pedra no local”, detalhou Mário.
O produtor conta que a razão em confiar na Agência já tem uma explicação lá no passado. É que no ano de 1999 a família buscou a Agraer para dar início a um projeto de uma agroindústria voltado ao cultivo de batata doce. “Na época não deu muito certo porque o produto não tinha mercado. Foi então que os técnicos da instituição sugeriam a nós que mudássemos para o ramo de laticínio e foi aí que os resultados começaram a aparecer”.
Lanza lembra que na época começaram com um número muito pequeno de gado leiteiro. “Tínhamos apenas seis vacas que geravam em média 20 a 25 litros por dia que era comercializado. Não era um número muito grande pensando que se fosse fazer um queijo teria que utilizar de 5 a 7 litros por peça. Mas era um valor considerável para o início”.
Casados há 30 anos, a esposa Marta Lanza diz que assim como o matrimônio do casal, a aliança com a Agraer também traz boas recordações para a família. “Grande parte de nosso sucesso é mérito da nossa força de vontade, mas também somos gratos ao apoio dado pela Agraer através dos trabalhos de técnicos, engenheiros agrônomos e veterinários. Ela sempre se mostrou prestativa quanto as nossas necessidades”, garantiu a produtora.
Hoje, a propriedade cresceu e o casal busca de forma independente expandir os seus negócios. “Se antes tínhamos apenas 6 animais no rebanho, esse número agora passou para 30, o que garante a ordenha de mais de 100 litros/dia”, disse Mário. E do que depender da esposa do produtor, Marta, a clientela só irá aumentar a cada dia, pois a mulher não descansa um só minuto sempre de olho no mercado. “Ela sempre busca novos cursos e aí já começa a pensar em vender novos produtos”.
Se antes tudo de resumia ao leite e ao queijo, agora o produto tem que dividir espaço com doces em compotas (de leite, coco, abóbora, quebra queixo), bombons dos mais diversos sabores, entre outras mercadorias. “Já fiz curso de manipulação de alimentos, de atendimento ao consumidor e até de cotação de preço”, garantiu Marta.
Satisfação do consumidor
E quando o assunto é bom preço e qualidade a família Del Grossi não tem dúvidas que a barraca que procuram nos dias de feira na Vila Célia é a do casal. “Há 11 anos moro no bairro e sempre venho aqui. Na minha opinião, é o melhor queijo da cidade”, disse em tom de contentamento a psicóloga Fernanda junto de seu esposo Alexandre e os filhos Maria Fernanda e Alexandre Jr.
Outro que vê com bons olhos a dedicação dos trabalhadores rurais é o advogado José Goulart Quirino. “A grande agricultura exporta e a agricultura familiar abastece o mercado interno, tanto que existem políticas públicas voltadas ao pequeno produtor, como as linhas de crédito do Pronaf. Isso sem esquecer que muitos agricultores produzem alimentos orgânicos, mais saudáveis”, observou.
Os sabores das mercadorias de Mário e Marta caíram tanto no paladar das pessoas que graças a clientela conquistada o casal conseguiu formar os seus dois Suzanne Mário Filho em advogados. “Na fase dos estudos eles aproveitavam a nossa carona para estudar em Campo Grande. Nos dias que não tínhamos as feiras a gente vinha para trazer eles, esperava acabar a aula e voltava para casa”, recordou Mário.
Com os filhos encaminhados na vida, a atenção do casal agora se divide entre os deveres com o campo e as netas Sofia e Ana Luiza de 6 e 1 ano, respectivamente. Após anos de luta para dar educação a prole, os avós só querem se preocupar em distribuir amor e atenção as pequenas.
E para quem mora em Campo Grande e ficou interessado em conhecer de perto o trabalho desse casal é muito simples, basta passar nas quartas e sábados na Feira Central de Campo Grande ou ir nas quintas-feiras na feira da Vila Célia, na Rua Amazonas, próximo à Rua Ceará. Outra opção é ir até a feirinha da Mata do Jacinto, na Avenida Nosso Senhor do Bonfim.
Na semana em que se comemora o Dia do Agricultor, 28 de julho, os produtores Mário e Marta Lanza são a prova de que a força de vontade do homem do campo aliada a assistência técnica de qualidade ofertada pelo Governo do Estado, por meio da Agraer, podem gerar bons frutos de empreendedorismo.
Fonte: Aline Lira/ Assessoria de Comunicação – Agraer
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