Campo Grande (MS) – Durante a realização da 3ª edição da Bienal dos Negócios da Agricultura, realizada em Campo Grande, representantes das secretarias de agriculturas dos Estados do Centro Oeste reuniram-se para dar continuidade a discussão sobre ações conjuntas que pretendem implementar principalmente na área da sanidade.
Alexandre Possebon, secretário adjunto de Agricultura de Mato Grosso, deixou claras as intenções do Estado em intensificar as ações protetivas, destacando serem prioritárias para o Governo, que se prepara para mudar seu status sanitário, tornando-se zona livre de aftosa sem vacinação, até 2020 e publica dentro de alguns dias nova instrução normativa sobre o vazio sanitário, boletim sobre medidas de controle da ferrugem e, um número de 0800 que servirá como disque denúncia para os produtores.
Para tal, ele acredita ser fundamental a união de esforços dos Estados do Centro Oeste e a troca de experiências, como a que realizou recentemente quando organizou uma caravana de técnicos de várias áreas de seu Estado e foi conhecer projetos e cases de sucesso no vizinho Goiás.
Sobre as impressões que trouxe da visita ao município de Cristalina, Alexandre chamou atenção para a forma como o Sindicato dos produtores daquele município tem trabalhado com os assentados, auxiliando-os na busca por soluções para suas demandas. Segundo ele esse modelo de interação deve ser observado com especial atenção.
O Secretário de Estado da Produção e Agricultura Familiar, Fernando Lamas, juntamente com secretário adjunto, Jerônimo Alves, sugeriram um próximo encontro para dentro de alguns dias e com a presença de técnicos tanto da área de sanidade quanto da assistência técnica e extensão rural. Lamas destacou que as mazelas no setor de ATER também devem ser discutidas conjuntamente dadas as suas semelhanças.
Para o secretário Executivo de Agricultura de Goiás, Antônio Flávio Camilo de Lima, ações mutuas do Poder público fortalecem a todos, mas, a presença do setor privado nas discussões é fundamental para que essas ações tenham resultado. Para ele, o setor privado é parte e deve assumir o seu papel no enfrentamento dessas demandas.
Além de discutirem sanidade, os dirigentes ainda fizeram balanços da estrutura com que trabalham, das condições financeiras de cada Estado, discutiram os reflexos da crise politica e financeira que o País atravessa e concordaram que outros temas merecem debates conjuntos, como por exemplo, as invasões que, não por acaso, segundo Alexandre começam a dar sinais de que podem se ampliar também em Mato Grosso.
Os secretários pré-agendaram um encontro para o próximo mês, conscientes da importância de que algumas diretrizes já devem ser estabelecidas na oportunidade.
Kelly Ventorim – Sepaf