Campo Grande (MS) – Um dos responsáveis pela elaboração do projeto técnico que resultou na consolidação do Assentamento Conquista do Mimoso, no município de Jardim, o engenheiro Odilon Trindade Valençoela, esteve na terça-feira (18) na Secretaria de Estado da Produção e Agricultura Familiar (Sepaf), reunido com o Secretário Executivo do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (Cedrs), Carlos Gonçalves, e a Coordenadora da Unidade Técnica do Crédito Fundiário, Tânia Regina Minussi.
Em nome dos assentados, Odilon entregou relatório que detalha todo o trabalho realizado, desde a organização das 82 famílias, que viviam até então acampadas nas proximidades, até a formalização do projeto, aquisição da propriedade, divisão e entrega dos lotes.
O documento, segundo ele, vem em forma de agradecimento pelo empenho dos mais diversos profissionais do Estado que acompanharam toda luta ali relatada trazendo mensagens de agradecimento a vários servidores, tanto do Governo Federal, Estadual e Municipal – Sepaf, Agraer, DFDA, Banco do Brasil, MDA, Prefeitura de Jardim – que, segundo Odilon, tiveram papel fundamental no processo. “Isso só foi possível graças ao trabalho de orientação desses profissionais, que com alto nível de empenho e comprometimento, garantiram excelência ao projeto e aprovação nas instâncias responsáveis pela liberação de recursos”, comentou o engenheiro.
Assentamento Conquista do Mimoso
O Assentamento ‘Conquista do Mimoso’, antes conhecido como Fazenda Marca Dez, foi formado em tempo recorde. Da formulação do projeto até a entrega da documentação foram pouco mais de um ano. Mesmo com toda agilidade, Odilon lembra que as famílias ali assentadas têm histórias de mais de uma década de espera.
Organizados em três associações (Conquista do Mimoso, Boa Vista e União Jardim), as famílias que adquiriram a área de 499,96 hectares, com recursos do Crédito Fundiário, pelo valor de R$ 4,5 milhões, através do Projeto Combate à Pobreza (CPR), receberam as escrituras públicas dos lotes individuais com 6,09 hectares – incluindo área de reserva legal e áreas de prevenção permanente – em maio deste ano e a partir daquele dia, em um ato festivo (que teve inclusive a presença do Diretor-Presidente da Agraer, Enelvo Felini e do Secretário Doutor Fernando Lamas) se instalaram, começaram a erguer suas casas e a preparar a terra.
Com o folego de 36 meses de carência até terem que começar a reembolsar os órgãos financiadores, as associações, hoje, tem diversos projetos em tramitação e esperam captar nos próximos meses recursos para aplicação em assistência técnica, construção de unidades habitacionais, perfuração de poço, implantação de rede de distribuição de água, corredores de acesso aos lotes; área de uso coletivo e a execução do projeto produtivo inicial, onde sugerem a criação de ovinos, suínos, aves e peixes; produção de palmito pupunha, melancia, abacaxi, e banana de mesa; produção consorciada de milho, mandioca, feijão e abóbora e a formação de pomares para subsistência.