Campo Grande (MS) – A Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) participa por meio da sua pesquisadora Doutora Olita Stargarlin, do 48º Congresso Brasileiro de Fitopatologia, realizado de 10 a 14 de agosto, em Águas de São Pedro (SP). Dentro da programação do evento, a estudiosa apresentará o seu trabalho técnico-científico “Ocorrência de Stemphylium solani, S. lycopersici e S. botryosum em cultivares de tomate nas regiões produtoras de Mato Grosso do Sul”, um tipo de pesquisa voltada para doenças conhecidas no meio rural por prejudicar o desenvolvimento dos tomateiros.
Durante cinco dias, a cidade de São Pedro (SP) está sendo cenário para o aprimoramento dos principais caminhos a serem seguidos por produtores, empresários e cientistas da área de patologia vegetal, ciência que estuda as doenças, danos e alterações do funcionamento normal das plantas.
Meio Científico
Especialistas de nove países – Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Costa Rica, Peru, Japão, África do Sul, Espanha e Austrália – apresentam suas pesquisas e experiências no 48º Congresso Brasileiro de Fitopatologia. O evento, promovido pela Sociedade Brasileira de Fitopatologia e realizado pela Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp (Universidade Estadual Paulista) – Campus Botucatu, tem como objetivo mostrar a produtores, empresários e cientistas o que há de mais atual na área de fitopatologia no Brasil e no mundo. Paralelamente ao Congresso, acontece nos dias 13 e 14 de agosto o II Congresso Brasileiro de Patologia Pós Colheita. Ambos os eventos estão sendo promovidos nas dependências do Hotel Colina Verde.
Desde 1967, o congresso é realizado anualmente pela Sociedade Brasileira de Fitopatologia e se tornou uma oportunidade muito importante de intercâmbio de experiências e resultados na área de fitopatologia.
Este ano, o tema do Congresso é “Fitopatologia de Precisão – Fronteiras da Ciência” e as principais linhas de pesquisa abordadas serão: sensoriamento remoto e doenças de plantas; fronteiras da epidemiologia na tomada de decisão no manejo de doenças; avanços em clínica global de plantas; patógenos globais: estudos de caso; monitoramento de resíduos e toxicologia em alimentos e produtos alternativos de controle de doenças pós-colheita, entre outras.
Além das palestras ligadas à área, a estimativa é de que sejam apresentados cerca de 800 trabalhos científicos sobre as principais tendências e estudos desenvolvidos nessa linha de pesquisa em nível mundial.
A fitopatologia: origem e rumos atuais
A fitopatologia (palavra originária do grego Phyton = planta; Pathos = doença; Logos = estudo), ou patologia vegetal, é a ciência que estuda as doenças, danos e alterações do funcionamento normal das plantas, abrangendo todas as etapas, desde o diagnóstico até o tratamento e controle. Os estudos nessa área abrangem: os princípios e as interações entre patógeno, hospedeiro e ambiente; os mecanismos envolvidos; os sinais e sintomas que facilitam a diagnose; a resistência de plantas a doenças; a epidemiologia e o manejo das doenças de plantas; os métodos de prevenção e controle, visando diminuir os danos causados.
No seu início, a fitopatologia era uma disciplina ligada diretamente à Botânica e tinha como foco principal o combate de doenças. Hoje, é uma disciplina autônoma e engloba um panorama bem mais amplo e diversificado de assuntos, utilizando conhecimentos básicos e técnicas de outras áreas do conhecimento, como: botânica, microbiologia, micologia, bacteriologia, virologia, nematologia, anatomia vegetal, fisiologia vegetal e microbiana, ecologia, bioquímica, genética, biologia molecular, microscopia, horticultura, solos, química, física, meteorologia, estatística, entre outras.
Fonte: Aline Lira/ Assessoria de Comunicação – Agraer
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