A Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), é correalizadora, em conjunto com a UEMS, da segunda edição do Pantanal Tech, evento que ocorre em Aquidauana com o objetivo de aproximar a produção científica das necessidades da sociedade e do setor produtivo.

Secretário-executivo de C&T, Ricardo Senna destacou que Pantanal Tech é modelo de inovação e pesquisa aplicada
Para o secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Semadesc, Ricardo Senna, a iniciativa representa uma mudança de paradigma na forma como o conhecimento acadêmico é gerado e transferido.
“O Pantanal Tech trabalha um modelo essencial: estimular que a pesquisa científica desenvolvida nas universidades seja efetivamente transferida para a sociedade, especialmente para o setor produtivo. Isso representa uma mudança de mentalidade importante, alinhada às diretrizes da própria Capes, que hoje valoriza a extensão e a transferência de tecnologia”, explicou Senna, logo após ouvir alunos da rede estadual que apresentavam ideias inovadoras para a gestão escolar.
Segundo ele, o principal foco do evento é a promoção da pesquisa aplicada: aquela que gera impacto prático e pode ser utilizada fora do ambiente acadêmico. “Mais do que produzir conhecimento, o objetivo é garantir que ele chegue a quem realmente precisa. Que se torne solução”, destacou Ricardo Senna.
Outro eixo estruturante da iniciativa é a articulação dos ecossistemas de inovação no estado. “Organizamos, mais uma vez, um encontro estadual para integrar esses ecossistemas, como fizemos na primeira edição. Essa articulação entre governo, academia e setor privado, que é o que chamamos de tríplice hélice da inovação, é fundamental para consolidar um ambiente propício ao desenvolvimento tecnológico”, ressaltou o secretário-executivo.
Senna lembrou que foi na primeira edição do Pantanal Tech, realizada no ano passado, que foi lançado o ecossistema de inovação de Aquidauana. Em menos de um ano, o município já aprovou sua Lei Municipal de Inovação e oficializou o evento no calendário anual. “Isso mostra a força do que foi iniciado aqui”, afirmou.
Outro destaque do evento é o Desafio Pantanal Tech, criado para incentivar a transformação da pesquisa em produto, serviço ou negócio. Na edição anterior, três startups foram premiadas — uma delas, voltada ao uso de bioinsumos, integra atualmente as vitrines tecnológicas do evento.
Para 2025, o desafio foi ampliado e passa a envolver um número maior de instituições de pesquisa. “Queremos consolidar uma cultura de pesquisa empreendedora. E o que isso significa? É aquela cultura que, a partir de conhecimento técnico robusto, como os oriundos de mestrado e doutorado, gera inovação real. São as chamadas deep techs, que unem ciência de ponta e visão de negócio”, explicou Senna.
Ao concluir, ele reforçou os pilares do Pantanal Tech: “Estamos construindo um caminho sólido, com dois objetivos principais — estimular a pesquisa aplicada com transferência de conhecimento e fomentar o empreendedorismo científico e tecnológico em Mato Grosso do Sul.”
Marcelo Armôa, Semadesc
Fotos: Mairinco de Pauda, Semadesc