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ONG cria ‘moeda’ única e mostra que agricultura é mais eficiente que a pecuária no país

  • 01 fev 2016
  • Categorias:Geral
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Esta conta é um prato cheio para vegetarianos: o cultivo de vegetais produz 25 vezes mais proteínas do que a criação de gado, que ocupa no Brasil uma área 2,6 vezes maior. Em matéria de eficiência, a agricultura bate a pecuária pelo placar de 65 a 1.

O cálculo inédito partiu do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola). A ONG de perfil técnico, com sede em Piracicaba (SP), criou um método que permite comparar laranjas com bananas –e com carne, milho, soja, cana, feijão etc.

O resultado está no relatório “A Funcionalidade da Agropecuária Brasileira – 1975 a 2020” (migre.me/sO1N6 ). Luís Fernando Guedes Pinto e Vinicius Guidotti de Faria converteram todos os produtos da safra brasileira à mesma “moeda”, no caso, o valor nutricional e energético de cada um.

A agricultura ganha de lavada. Tomando por base o ano de 2006, último censo agropecuário disponível, eles concluíram que a agricultura nacional poderia alimentar 2,1 bilhões de pessoas com proteína, ou suprir as calorias necessárias para 641 milhões sobreviverem.

O resultado da pecuária, apesar de ocupar muito mais terra, se sai mal na comparação. Daria para sustentar apenas 85 milhões de pessoas com proteínas e 17 milhões com energia metabolizável.

“O alimento vegetal tem mais energia do que proteína, mas a demanda diária de energia é muito maior”, esclarece Guedes Pinto. “Por essa razão a safra pode alimentar mais pessoas com proteína do que com energia.”

Além disso, há diferenças entre os próprios gêneros alimentícios. O feijão, por exemplo, tem mais proteína que o arroz. Na média, é necessário comer uma quantidade muito maior de feijão para suprir a necessidade de energia do que para a de proteína.

A ineficiência na conversão de matéria vegetal em carne se reflete no preço. O valor monetário da safra agrícola, mesmo produzindo 25 vezes mais proteína e 37 vezes mais energia, é só o dobro da safra pecuária.

“Há uma distorção do valor que o mercado não enxerga ou não consegue perceber”, afirma Guedes Pinto.

“Não estamos falando de mudar de dieta ou renunciar ao hábito [de comer carne], mas laçando luz sobre algo pouco falado e que não havia parâmetros para comparar. O valor e o preço dos alimentos não refletem coisas que deveriam ser consideradas.”

O efeito mais conhecido da relativa ineficiência da bovinocultura se dá sobre o ambiente. A maior parte do 1,6 milhão de km2 ocupados pela pecuária em 2006 (um quinto do território nacional) era de matas derrubadas para ceder espaço a pastagens.

A agricultura, em comparação, cobre apenas 600 mil km2. É um uso muito mais produtivo da terra.

A criação de bois e vacas também contribui muito mais para o aquecimento global, mesmo sem levar em conta as emissões por desmatamento. A digestão da celulose no estômago dos bovinos produz metano, um potente gás do efeito estufa (GEE).

Para cada quilo de proteína, a pecuária emite o equivalente a 220 quilos de CO2 (o GEE mais comum). No caso da agricultura, a eficiência é 157 vezes maior –emite-se apenas 1,4 quilo pelo mesmo tanto de proteína.

O estudo do Imaflora foi sugerido por Gerd Sparovek, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP).

“Não participei dessa pesquisa por ser vegetariano”, se apressa a esclarecer o pesquisador. “Um modelo de dieta em que ninguém come carne é ambientalmente menos sustentável do que o consumo moderado de carne de todos os tipos”, explica.

As áreas já abertas como pastagem, muitas naturais, são mais bem-conservadas se pastejadas. Além disso, afirma Sparovek, todos os resíduos da produção de alimentos não consumidos por humanos, como cascas e farelos, viram ração.

“Produzir carne é necessário e desejável, mas certamente não na quantidade atual, nos preços atuais e na velocidade atual de alteração das dietas no sentido do aumento da carne.”

Folha de São Paulo

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