Com um ambiente favorável a investimentos e políticas públicas voltadas à sustentabilidade, Mato Grosso do Sul tem se consolidado como referência nacional em desenvolvimento econômico aliado à conservação ambiental. Neste contexto, o governador Eduardo Riedel participou nesta quinta-feira (5) da abertura do Global Agribusiness Festival – GAFFFF 2025, em São Paulo (SP), evento internacional promovido pela DATAGRO que reúne lideranças e especialistas do setor para discutir desafios e soluções globais para o agronegócio.
Riedel foi um dos painelistas do encontro, participando do painel “Governadores do Agro”, ao lado dos governadores Tarcísio de Freitas (SP), Carlos Roberto Massa Júnior (PR), Rafael Fonteles (PI), Raquel Lyra (PE) e Ronaldo Caiado (GO), sob moderação de Rafael Furlanetti, da XP Investimentos. Acompanhado pelo secretário Jaime Verruck e pelo secretário-adjunto Artur Falcette, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o governador apresentou as políticas que posicionam o Estado como modelo de agro moderno, sustentável e competitivo.
“Hoje, Mato Grosso do Sul caminha para universalizar o saneamento em seus 79 municípios. Temos rede de saúde estruturada, educação em tempo integral e um ambiente de negócios cada vez mais atrativo. O agro brasileiro foi fundamental nessa transformação socioeconômica. No Dia Mundial do Meio Ambiente, podemos afirmar, com segurança, que essa atividade produtiva é também a que apresenta melhor balanço de carbono em suas cadeias”, afirmou Riedel.
Segundo o secretário Jaime Verruck, o governador destacou a relevância de Mato Grosso do Sul como potência exportadora, os investimentos em infraestrutura para viabilizar a Rota Bioceânica e os desafios para ampliar a competitividade do Estado.
Desenvolvimento sustentável e diversificação da produção
Durante o evento, também foi reforçada a agenda ambiental adotada pelo Governo de Mato Grosso do Sul, com destaque para o compromisso de alcançar a neutralidade de carbono até 2030. O Estado investe na transição energética com ênfase na bioenergia. As 22 usinas em operação estão certificadas no programa RenovaBio, um dos maiores do mundo em descarbonização.
Entre 2020 e 2024, a produção de etanol evitou a emissão de 13,7 milhões de toneladas de CO₂, equivalente a 89 milhões de árvores preservadas por 20 anos. Em 2024/25, a produção atingiu 4,2 bilhões de litros de etanol, consolidando o Estado como o quarto maior produtor nacional. A safra 2025/26 deve registrar novo crescimento, com estimativa de 4,7 bilhões de litros produzidos — alta de 11% — e moagem de 50,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
O milho, antes majoritariamente exportado, passou a ser transformado em bioenergia, agregando valor à cadeia produtiva. O mesmo ocorre com a celulose: além de grandes indústrias instaladas, o Estado já abriga uma fábrica de móveis (Greenplac) e terá uma unidade de produção de papel tissue.
Na diversificação agrícola, a citricultura avança com 30 mil hectares plantados, enquanto o amendoim já posiciona MS como segundo maior produtor do país, com 42 mil hectares e nova unidade de beneficiamento em Bataguassu.
Desde 2015, o Estado já atraiu R$ 141 bilhões em investimentos privados (efetivados, em andamento ou anunciados), resultado de um ambiente de negócios competitivo e políticas públicas consistentes.
Infraestrutura e logística estratégica
A expansão da infraestrutura segue como eixo central da política estadual. Com 5.500 km de rodovias pavimentadas e mais 660 km em obras, o Governo do Estado atua na integração das áreas produtivas aos corredores logísticos de exportação, com recursos próprios e financiamento do BNDES (R$ 2,6 bilhões).
Todos os 79 municípios do Estado estão interligados por asfalto, mas o avanço agrícola demanda também melhorias nas estradas vicinais. A chamada “Rota da Celulose”, formada por 870 km de estradas, será modernizada com investimento privado de R$ 10 bilhões ao longo de 30 anos.
A logística aérea também recebe atenção com o investimento de R$ 250 milhões na requalificação de aeródromos regionais, ativos estratégicos para a atração de empreendimentos.
Compromisso com o meio ambiente
Lançado este ano, o programa Pacto Pantanal promove ações de preservação ambiental e prevê a criação do Fundo Clima Pantanal. Com aporte estadual de R$ 40 milhões anuais entre 2025 e 2030, o fundo irá financiar projetos sustentáveis e o PSA (Pagamento por Serviços Ambientais), que remunera proprietários rurais por práticas de conservação e manejo sustentável.
Além disso, o Estado se destaca por adotar práticas modernas na pecuária, com integração lavoura-pecuária-floresta e certificação de carne de baixo carbono. Nos últimos anos, 5 milhões de hectares de pastagens foram convertidos para florestas, lavouras e cana-de-açúcar, com aumento de 5% nos abates, sem ampliar a área de pasto.
O compromisso com a sustentabilidade foi reiterado no Fórum LIDE COP30, realizado em Bonito nos dias 29 e 30 de maio. O evento antecipou discussões da Conferência do Clima da ONU (COP30), prevista para novembro, em Belém (PA), e foi encerrado com a assinatura de termo de cooperação entre o Governo do Estado e a Fiems para apoiar pequenas e médias empresas na adoção de práticas sustentáveis.
Com informações de Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS
Fotos: Bruno Chaves