A industrialização de Mato Grosso do Sul caminha para uma nova configuração. De mais investimentos, qualificação e principalmente oportunidades. Apostando na atração de empreendimentos com pegada sustentável, inovadores e principalmente com capacidade extensiva de geração de empregos, a política de trocar “impostos por empregos” está dando resultados efetivos no Estado. Exemplo disso foi a entrega esta semana, da expansão do Núcleo Industrial de Dourados.
Segunda maior cidade do Mato Grosso do Sul, Dourados recebeu esta semana a reestruturação do seu Núcleo Industrial com a entrega de lotes e regularização a 13 indústrias que preveem geração de quase 800 vagas com investimentos que superam R$ 73 milhões. A expansão do Núcleo Industrial refere-se a uma área de 89,71 hectares, devidamente reintegrada ao Estado por meio de ação judicial.
O primeiro passo já foi dado: a Prefeitura, por meio de sua Secretaria de Planejamento, aprovou a GDU (Guia de Diretrizes Urbanísticas), estabelecendo uma série de condições que deverão ser observadas quando da implantação da infraestrutura da nova área (expansão). Cabe agora ao Estado realizar os projetos das plantas, memorial descritivo, ART e demais projetos de engenharia para a implantação da infraestrutura necessária ao loteamento das áreas e futura doação a indústrias interessadas. O Estado pode se utilizar do Pró-Desenvolve para custear as obras de infraestrutura na área de expansão. O projeto contempla o loteamento de 154 terrenos, em dimensões que variam de 1.225 m² a 8.452 m².
“Estes empresários de Dourados tinham uma dívida com o Governo do Estado que era a regularização das empresas, dos lotes. Alguns já que estavam instalados no Núcleo há muito tempo. Outros estão recebendo agora áreas adicionais e novas para que eles possam gerar mais empregos”, ressaltou o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, lembrando que a meta do Governo é estruturar os núcleos industriais sempre visando a empregabilidade da população sul-mato-grossense.
Para isso Verruck afirmou que o Governo revisou toda a política de incentivos fiscais. “Isso permitiu que validássemos a industrialização. Em janeiro em 2015 fomos até a Coamo que depois veio instalou a indústria em Dourados. Assim também fizemos com a Inpasa, primeira de etanol de milho instalado em Dourados e que em breve será inaugurada”, acrescentou o secretário.
Agregar valor a produção
A atração de investimentos privados para o Estado de Mato Grosso do Sul é uma política estratégica governamental desde 2015, capaz de promover a geração de empregos formais, diretos e indiretos, a dinamização das economias locais, a diversificação da matriz produtiva e o encadeamento da produção.
“Em 2015 foi tomada a decisão de definição de diretrizes de desenvolver uma era de industrialização. Mudamos a realidade deste Estado em termos de industrialização. Dourados é exemplo disso e vai receber muitos mais empreendimentos e investimentos maçicos”, frisou.
Verruck enfatiza que quando se pensa na agregação de valor a matéria prima, não se pode esquecer do investimento da indústria de alimentos Seara. O grupo está investindo R$ 1,2 bilhão na unidade industrial no município. “Esta será uma unidade referência de abate de suínos do mundo, e para isso vamos precisar de douradenses e mais de 2.500 pessoas para atender a mão de obra. Dessa forma Dourados caminha fortemente para a plena industrialização. Por isso fizemos a regularização das indústrias, para que possamos continuar atraindo novos empreendimentos.
Na avaliação de Verruck, a ideia de trocar “impostos por empregos” foi acertada, tanto que o arcabouço tributário do Estado foi modificado para torná-lo mais atrativo aos investidores, legislação essa inclusive copiada por outros Estados. “A nova política de benefícios fiscais tornou o Estado mais competitivo. Outros instrumentos de fomento aliaram-se no objetivo de desenvolver o Estado, com sustentabilidade, como os investimentos públicos em infraestrutura e o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) e um pacote de auxílio social para enfrentamento da pandemia (R$ 800 milhões).
“Atraímos investimentos em agroindústrias, inclusive através do fomento ao cooperativismo (um modelo que deu certo no sul do país), alterando a dinâmica de saída de grãos in natura para outros Estados ou para o exterior, a fim de industrializá-los em Mato Grosso do Sul, gerando valor agregado aos nossos produtos”, complementou. Fruto desta política, o Estado conseguiu atrair R$ 33 bilhões de investimentos privados, capazes de gerar 23 mil empregos diretos.
E esta é apenas uma parte deste desenvolvimento, avalia o secretário. “Muito mais está por vir. Estamos caminhando em tudo que pensamos para Mato Grosso do Sul. Percebemos que aquilo o que idealizamos no início do Governo, nós não sonhamos. Nós colocamos metas muito claras onde pretendíamos chegar. Por isso quero agradecer ao senhor pois vamos chegar ao final de 2022 com os melhores indicadores econômicos e sociais do País”, finalizou.
Rosana Siqueira, da Semagro
Kely Ventorim -Fotos