Campo Grande (MS) – O processamento industrial da Safra da Cana-de-Açúcar 2015/2016 movimenta de forma positiva a economia de Mato Grosso do Sul, afirma o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck.
“Todo este processo de industrialização da cana-de-açúcar gera empregos no Estado e movimenta a economia, principalmente nos pequenos municípios. A safra traz um impulso significativo no desenvolvimento econômico do Estado. O setor sucroalcooleiro proporciona crescimento das exportações de açúcar e também de etanol”.
O Setor sucroenergético é o terceiro setor que mais emprega no Estado, com cerca de 30 mil empregos diretos – e mais pelo menos 3 empregos indiretos para cara posto criado pela nossa indústria.
A previsão da Safra 2015/2016 indica uma disponibilidade de 50,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, um aumento de 15,27% com relação à safra anterior. Vale ressalvar que esse volume depende de clima para ser atingido. As informações são da Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul).
A safra passada foi de recuperação, de cuidar de um canavial prejudicado pelo clima. Para esta temporada a cana estará melhor e os resultados devem aparecer agora. A Biosul prevê um resultado agrícola de 74,36 toneladas de cana por hectare, um aumento de 6,35%.
O esmagamento de cana e a produção de açúcar geram um reflexo positivo em toda a cadeia produtiva. Na produtividade industrial, também se espera aumento, com maior teor de sacarose na cana da nova safra, passando de 128,6 quilos para 133,95 quilos (aumento de 4,16%). A produção de etanol deve crescer 18,9%, chegando a 2,9 bilhões de litros. Este crescimento industrial gera benefícios e impactos positivos na economia” afirmou o secretário da Semade. Os produtores do MS continuarão destinando a maior parte de sua produção para o etanol, cerca de 73%, ou seja, optando pela industrialização cada vez maior da cana-de-açúcar.
Com o aumento da produtividade, o crescimento da área de corte se dá em menor proporção, podendo chegar a 675,1 mil hectares. Crescimento de 8,38%.
A produção de açúcar, prejudicada nas duas safras anteriores por conta das geadas, que impactaram no teor de sacarose da cana do Estado, deve recuperar, com um resultado esperado de 1,67 milhão toneladas, aumento de 22,55%.
Vinte e duas usinas operaram neste período. A área de corte manteve-se quase igual, variou 1,78%, com 622 mil hectares. A área total de cana do MS é de cerca de 800 mil hectares.
As usinas de MS processaram 43,55 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, um volume 4,95% maior que a safra anterior. O índice de crescimento é maior que o do Centro Sul, que recuou em 4,3%.
Moagem
Na safra 2014/2015 foram produzidas 1,367 milhão de toneladas de açúcar, praticamente a mesma quantidade da safra anterior, ainda longe capacidade total, a unidades chegaram a produzir mais de 1,7 milhão na safra 2012/2013. A região Centro Sul involuiu 6,7%.
A produção de etanol superou a da safra passada em 10,1%, com o resultado de 2,457 bilhões de litros dos tipos anidro (624 milhões de litros) e hidratado (1,833 bilhão de litros). Na região Centro/Sul a produção do combustível verde cresceu 2,2%.
Bioeletricidade
O MS é um dos estados mais avançados no aproveitamento da biomassa da cana para conversão em bioeletricidade. Foram exportados para o Sistema Integrado Nacional, 1.879GWH, quase 10% do que o setor performa no Brasil inteiro, com um crescimento de 23% na safra 2014/2015.
Na cogeração de bioeletricidade, o excedente exportado deverá chegar a 2.405 GWH 27,99% a mais que a safra passada. Esse aumento deve-se à retomada de produtividade em áreas que haviam sido mais afetadas e que concentravam grandes exportadoras de bioeletricidade, bem como de investimentos em aumento de capacidade de cogeração.
Com informações da Biosul