Campo Grande (MS) – O governo do Estado vai solicitar ao Ministério das Minas e Energia (MME) e à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que as usinas termelétricas de biomassa que participaram do Leilão A-5 2016, realizado em 29 de abril, e que não firmaram contrato de venda energia sejam incluídas em um próximo certame. “A EPE deve realizar um leilão de reserva brevemente. Nosso intuito é garantir que as usinas de Biomassa previstas para operar em Mato Grosso do Sul participem desse novo certame e possam viabilizar seus contratos de comercialização de energia de forma competitiva”, informou o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck.
Na semana passada, no leilão para contratação de contratar energia elétrica para ser fornecida a partir de 2021 realizado pela EPE, somente um empreendimento de Mato Grosso do Sul formalizou negociação. “Das 40 termelétricas de biomassa habilitadas, 13 eram de nosso Estado, mas somente uma fechou contratação. O valor de referência do megawatt hora da biomassa ficou abaixo do valor do carvão e acabou não sendo competitivo para a maioria dos empreendimentos”, disse o secretário. A única usina que fechou negociação com a EPE foi a Onça Pintada, da Eldorado Celulose e Papel Ltda, para o fornecimento de 50 MW.
A sinalização dada pelos demais empreendimentos, segundo titular da Semade, é de que as termelétricas de biomassa previstas em Mato Grosso do Sul devem se mobilizar para o oferecimento de energia elétrica no mercado livre. “Já fomos informados que as empresas que estavam interessadas não desistiram totalmente. Qualquer retomada da atividade econômica pode gerar demanda e até mesmo um novo leilão no próximo ano. O que poderá ocorrer é um redimensionamento dos projetos para o atendimento do mercado livre, garantindo viabilidade econômica e competitividade”, finalizou o secretário.