O Governo do Estado assinou na sexta-feira (10) repasse de R$ 200 mil do PELD (Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração) para projeto apresentado pelo professor Geraldo Alves Damasceno, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) sobre os efeitos dos incêndios florestais, combinados com as inundações no Pantanal sul-mato-grossense. O PELD conta com recursos do CNPq.
O convênio de repasse foi assinado pelo diretor-presidente da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul), Marcio Pereira e o pesquisador do Inbio (Instituto de Biociências e Química) da UFMS, professor Geraldo Alves Damasceno, em ato que contou com a presença do secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e o reitor Marcelo Turinw, da Universidade Federal.
“Esse projeto de longo prazo que vamos financiar com R$ 200 mil, por meio da Fundect, vai permitir o desenvolvimento de pesquisa para a ecologia em Mato Grosso do Sul. Essa é uma linha estratégica que temos adotado e hoje conseguimos assinar esse termo de outorga, já com recurso alocado e com a definição de pesquisador que possa desenvolver todos os seus trabalhos junto com seus alunos de pós-graduação”, afirmou o secretário Jaime Verruck, da Semagro. “Essa é uma pesquisa muito voltada para uma necessidade do Estado. Temos focado em ciência e tecnologia, identificando qual a demanda existente em cada área. Assim, podemos destinar o recurso de forma que atenda essas necessidades”, finalizou.
O reitor da UFMS, Marcelo Turine, ressaltou que “é muito positivo assinarmos um termo de outorga envolvendo o CNPQ, Semagro e a UFMS no PELD, um programa único no Brasil. Tivemos o projeto proposto pelo aprovado, que vai receber mais de R$ 200 mil reais em recursos”.
O professor Geraldo Damasceno falou sobre a iniciativa em submeter o projeto no edital. “Trata-se de um estudo de longa duração no ambiente do fogo combinado com os efeitos da inundação no Pantanal. Temos uma grande força que influencia a biota pantaneira que é a inundação. Já vínhamos observando que havia uma interação entre fogo e inundação e por isso montamos o projeto para saber mais como esse processo influencia no Pantanal”, disse.
De acordo com o pesquisador do Inbio, o projeto inclui ações experimentais em parceria com outros projeto e também que ações de observação, como identificar áreas via satélite com históricos de fogo e inundação diferentes para saber mais sobre o assunto”, ressaltou.
O diretor-presidente da Fundect enfatizou a importância de trazer mais recursos, via editais de fomento nacional. “Somos o segundo Estado do país com maior cobertura de bolsas para pós-graduação. Trabalhamos juntos e isso fez com que o Mato Grosso do Sul estivesse bem posicionado nesta área. Temos uma equipe preparada e cada vez mais qualificada para atender os pesquisadores. Inicialmente teremos R$ 4 milhões, mas podemos ampliar o recurso, dependendo da demanda e capacidade. Paralelamente, vimos trabalhando para o oferecimento de bolsas para cobrir os pesquisadores que ainda não foram contemplados”, destacou.
Com informações da UFMS
Fotos: Leandro Benites, UFMS