O monitoramento diário realizado pela Sala de Situação do Imasul em conjunto com os órgãos federais nos rios sul-mato-grossenses permite ao Governo de Mato Grosso do Sul agir de forma preventiva com relação aos recursos hídricos e à disponibilidade de água para a população. Alertada nesta quinta-feira (24) pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) sobre a queda do nível do Rio Paraguai em Corumbá e Ladário a Sanesul tomou providências para assegurar o abastecimento de água desses municípios.
Em reunião realizada na sede da Sanesul, o secretário Jaime Verruck, da Semagro e o diretor-presidente da empresa de saneamento Walter Carneiro Jr. debateram as ações a serem realizadas na região de Corumbá e Ladário. “Estamos com a maior seca dos últimos 47 anos no Pantanal e o nível do Rio Paraguai ainda deve cair mai devido à falta de chuvas. O Governo do Estado decretou emergência ambiental por conta dos incêndios e nós montamos uma sala de crise hídrica coordenada pela Agencia Nacional de Águas e Saneamento na qual estamos monitorando a questão crítica, juntamente com a Sala de Situação do Imasul”, informou Verruck.
O secretário deu ênfase ao atual cenário: “ O que me preocupa é que ainda não chegamos ao nível crítico de redução do nível do rio, que poderá baixar ainda mais, tendo diminuído aproximadamente um metro. Por isso, precisamos construir iniciativas preventivas”, salientou Verruck que reforçou que as réguas de mediação, diante do atual cenário, estão sendo revistas.
Carneiro Junior destacou que o rio chegou ao nível de 1,18 metro, sendo que a média de segurança é de três a cinco metros. “Estamos com duas ações já pontuais iniciais que acontecem a partir de hoje, destinando para Corumbá um equipamento de bomba flutuante, que será a nossa primeira tentativa, onde vamos produzir 500 metros cúbicos de água. Vamos monitorar dia a dia para ver se resolver”, disse o diretor-presidente que afirmou, ainda, que a tal iniciativa já foi implementada em Ladário.
O dirigente acrescentou ainda que caso não a medida não surta efeito e caso o rio baixe o nível, ainda mais será implantado no local as bombas anfíbias e bombas submersíveis. “Vamos trabalhar com o plano A e com o plano B”.
O diretor-presidente da Sanesul enfatizou as medidas realizadas pelo Governo do Estado. “O governador Reinaldo Azambuja captou recursos de mais de 100 milhões de reais, em captação hídrica, distribuição e tratamento. Em breve estaremos inaugurando uma nova estrutura de tratamento na nossa regional, para dar ainda mais qualidade e certificar essa água que vem do rio”.
Com Ana Brito, Subcom
Fotos: Chico Ribeiro