A retirada de impostos às exportações de produtos agropecuários na Argentina deve afetar agricultores e pecuaristas brasileiros no médio e no longo prazo.
No caso da carne bovina, que também terá isenção de impostos sobre as exportações, a relação entre os dois países é de rivalidade. Enquanto as exportações brasileiras bateram recorde nos últimos anos, as vendas externas da Argentina minguaram. A consequência foi uma queda progressiva do rebanho argentino, o que limitará a reação dos embarques de carne do vizinho no curto prazo.
Segundo dados da Informa Economics FNP, o rebanho bovino na Argentina passou de 56 milhões de cabeças em 2010 para 51 milhões de cabeças, aproximadamente, em 2014. O rebanho brasileiro, no mesmo período, avançou de 175 milhões para 210 milhões de cabeças. “Os efeitos dessa medida começarão a ser vistos apenas em três ou quatro anos, com mais investimentos, retenção de matrizes e aumento da produção de bezerros, que, no médio prazo, poderão ser abatidos “, afirma José Vicente Ferraz, da Informa Economics FNP.
Fonte: Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.