Os embarques diários de milho nas três primeiras semanas do mês atingiram 266,2 mil toneladas, bem acima do volume diário registrado em setembro (164,5 mil toneladas) e em outubro de 2014 (138,2 mil toneladas).
Já os embarques de soja, que vêm num ritmo atipicamente acelerado para um momento de menor disponibilidade no Brasil e crescente oferta nos Estados Unidos, estão menores este mês.
As exportações totalizaram 125,3 mil toneladas por dia até o final da semana passada, ante 176,4 mil toneladas diárias em setembro. O ritmo atual, no entanto, é bem superior ao registrado em outubro do ano passado, de 32,2 mil toneladas/dia.
O Brasil terminou recentemente de colher uma safra recorde de milho na temporada 2014/15, com o produto já disponível nos corredores de exportação.
Por outro lado, a soja –produto mais valorizado– ainda não havia cedido espaço nos portos, devido a uma grande procura de compradores internacionais, de olho na competitividade do grão brasileiro em um momento de real desvalorizado ante o dólar.
As recentes divulgações de dados pela Secex têm despertado questionamentos no mercado.
O baixo ritmo de registro de embarques até setembro colocava em xeque as previsões de o Brasil conseguir exportar elevados volumes até o fim da temporada de embarques de milho, que estende-se até janeiro.
Em agosto, por exemplo, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereal (Anec) registrou exportações de milho de 4,49 milhões de toneladas, contra 2,28 milhões de toneladas da Secex, devido a uma diferença de metodologia.
Por outro lado, outubro nem terminou e as exportações de milho acumuladas este ano já superam o período de janeiro a outubro de 2014, segunda a Secex.
Até o momento, foram exportadas 15,26 milhões de toneladas este ano, contra 14,25 milhões nos dez primeiros meses do anos passado.
Reuters