O diretor de estatísticas e apoio às exportações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Herlon Brandão, afirmou hoje, ao comentar os resultados gerais da balança comercial brasileira, que a Operação Carne Fraca não foi capaz de afetar substancialmente a média diária das exportações de carnes bovina, de frango e suína em março.
Em valores, as vendas externas dos três principais tipos de carne registraram alta 9% na média diário.
“Notamos uma menor média diária na quarta semana, de US$ 50 milhões de dólares. Essa média menor pode ter conotado maior cautela dos importadores, mas isso não afetou esse mercado. Pontualmente a Operação não explica o movimento da queda das carnes bovina no mês nem no trimestre. No primeiro bimestre, por exemplo, as exportações dessa carne já havia caído 4,5%.”
Na avaliação de Brandão, o governo agiu rápido para conter possíveis efeitos mais severos para o comércio externo de carnes causados pela operação da Polícia Federal. “O governo conseguiu reverter os principais mercados, como União Europeia, China Hong Kong e Coreia do Sul. A ação do governo foi decisiva.”
A média diária de embarques das três principais carnes registrou US$ 63 milhões até a terceira semana de março. Na quarta semana, foram US$ 50 milhões, mas houve ligeira recuperação na quinta semana, quando a média diária chegou a US$ 52 milhões na quinta.
Na média diária do mês, essas carnes totalizaram US$ 57 milhões de exportações. Juntas, a receita com exportações das carnes de frango, bovina e suína cresceu 9%, para US$ 1,113 bilhão em março frente ao mesmo mês de 2016.
No primeiro trimestre, a receita com as exportações das três carnes aumentaram 9,29%, totalizando US$ 3,045 bilhões no primeiro trimestre.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.