Campo Grande (MS) – Representantes do segmento de bares e restaurantes estiveram reunidos na noite desta segunda-feira, 17, na sede da FIEMS (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, para definir as estratégias necessárias à recuperação econômica do setor. Essa foi a primeira de uma série de encontros que vão ocorrer também em Bonito, Corumbá, Dourados e Três Lagoas. Segundo o presidente da FIEMS, Sérgio Longen, o conjunto de reivindicações dos empresários desses municípios será levado ao governo do Estado, às prefeituras e às subsidiárias de água, energia e gás.
Estavam presentes os secretários Eduardo Riedel, da pasta de Infraestrutura do Governo de Mato Grosso do Sul, e Jaime Verruck, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar. Também participaram da reunião o superintendente do Sebrae, Cláudio Mendonça; o presidente da Fecomércio, Edison Araújo; da Faems, Alfredo Zamlutti; da Abrasel, Juliano Werhimer; e da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Paulo Corrêa; Alfredo Zamlutti da Federação das Associações Empresariais; e o diretor-presidente da Energisa, Marcelo Vinhais.
“[Foi] um momento importante, extremamente produtivo para ouvirmos as demandas desse setor. Apresentaram demandas relativas ao toque de recolher, vinculadas ao Programa Proseguir, outras vinculadas a questões tributárias de competência do Estado, o que é extremamente relevante. Foi importante para que a gente pudesse ouvir os empresários, agora as sugestões serão compiladas pelo Sebrae e pela Federação das Indústrias e apresentadas ao governo do Estado”, resumiu o secretário Jaime Verruck.
O presidente da FIEMS, Sérgio Longen, afirmou que ficará a cargo do grupo citado a análise das reivindicações e, à medida em que as ações avançarem, também serão convidados a contribuir o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, considerando que o crédito foi um dos principais problemas apontados pelo empresariado. Além do crédito, os empresários também destacaram os tributos e o horário de funcionamento como gargalos para a continuação na atividade.
O secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel, afirmou que o governo do Estado está ciente das dificuldades do setor e que serão discutidos com o executivo pontos como o ICMS, IPVA e as questões do horário de funcionamento. “É preciso reduzir a base de cálculo do setor, não adianta apenas dar desconto. Também é preciso tratar sobre o IPVA da frota de bares e restaurantes. E esses pontos dependem de matemática. Ou seja, saber até onde o Estado pode renunciar. Agora, o ponto mais sensível é o horário, porque estamos tratando sobre a saúde”.
Jaime Verruck explicou que aquele não era o momento do governo se manifestar, eles estavam lá muito mais de ouvir. “Tivemos uma série de proposições importantes e que agora serão analisadas para vermos o que se é possível fazer em termos de legislação. O que existe, de imediato, é uma pré-disposição do governo em atender, por entender que esse setor foi altamente impactado e ainda está sendo, portanto cabe um olhar diferenciado. Isso que o governador determinou que seja feito, para ajudar esses empresários no processo de retomada da economia.”
Ainda segundo Jaime Verruck, o governo do Estado também está estudando a renegociação do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste), que os empresários já têm direito. Por parte do Sebrae, será estudado o cadastramento dos motoentregadores e será disponibilizada a análise da capacidade de pagamento para enquadramento no Pronamp (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). O programa será reaberto, como especificou o superintendente do Sebrae, Cláudio Mendonça.
Durante o encontro, os empresários apontaram as dificuldades para o pagamento das contas de energia elétrica. Sobre a questão, o diretor-presidente da Energisa, Marcelo Vinhais, afirmou que a empresa está aberta a renegociar caso a caso, conforme as necessidades específicas do empresário.
O presidente da FIEMS Sérgio Longen enfatizou que o evento ainda é o primeiro de uma série de encontros que têm como objetivo contribuir com a recuperação econômica do Estado. O próximo passo será ouvir artistas e, da mesma forma, apontar caminhos em conjunto com entidades, a Federação e os executivos municipais e estadual.
Texto: assessoria da FIEMS