Dando continuidade nos trabalhos para relicitação da ferrovia Malha Oeste, o Governo do Estado participou nesta terça-feira (22) de uma videoconferência com autoridades e operadores de logística, onde pode atualizar sobre o cronograma de ações e discutir detalhes importantes na reativação do modal.
Na semana passada o CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) abriu edital para selecionar empresa que prestará serviço de consultoria integral, e a previsão é de que até novembro de 2022 haja uma definição da modelagem necessária para a relicitação. Em agosto de 2020 a Rumo decidiu devolver a concessão à União, em maio deste ano foi assinado um termo aditivo e a devolução passou a ser irretratável.
O Governo Federal tem dois anos para relicitar o trecho ferroviário que vai de Mairinque (SP) até Corumbá (MS). A reunião contou com as presenças do ministro João Carlos Parkinson, diplomata das relações exteriores do Brasil, do deputado federal Vander Loubet, o Secretário de Transportes do PPI Thiago Caldeira, o consultor em logística Luiz Antônio Pagot, Moacir Reis da Reflore, entre outros.
Titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), o secretário Jaime Verruck explicou que a Malha Oeste “é uma artéria que liga também à Bolívia e ao Paraguai. Nós estamos trabalhando conjuntamente com o Governo Federal, com o PPI [Programa de Parcerias de Investimento], e com os ministérios para termos a relicitação e, na sequência, a reconstrução da Malha Oeste”.
Para o governador Reinaldo Azambuja, a reativação vai dar competitividade aos produtos sul-mato-grossenses além de gerar empregos e renda. “É um meio logístico que dá competitividade tanto às riquezas produzidas em Mato Grosso do Sul como às importadas e, além do mais, é uma conexão ferroviária com a Bolívia em uma ferrovia que se chama transamericana, ela ligaria Mato Grosso do Sul aos portos do Oceano Pacífico. Eu entendo que com a saída rodoviária por Porto Murtinho e a reconstrução da Malha Oeste teremos um grande modal logístico e desenvolvimento, geração de empregos e oportunidades para Mato Grosso do Sul”, disse.
Priscilla Peres, Semagro e Paulo Fernandes, Subcom
Fotos: Chico Ribeiro