Com a aplicação de fertilizantes premium, há incremento de quatro sacas de soja por hectare e oito sacas de milho por hectare, em relação aos produtos convencionais. Foto: Divulgação Mosaic
O mercado de fertilizantes no Brasil vem recuperando fôlego em 2016, após retração no ano passado. De janeiro a setembro, segundo dados atualizados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), foram entregues ao produtor rural cerca de quatro milhões de toneladas deste produto, resultando em um aumento de 5,9% na comparação com igual período de 2015.
De olho no crescimento do setor de fertilizantes no País, empresas do ramo apresentam novidades com o intuito de fidelizar seus atuais consumidores e ainda conquistar novos clientes. É o caso da Mosaic, maior produtora global de fosfatados e potássio combinados, responsável pela entrega de aproximadamente de 20 milhões de toneladas de fertilizantes para 40 países, incluindo o Brasil.
Para oferecer um produto de melhor qualidade, a Mosaic patrocinou um estudo, que durou quatro anos, em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), na cidade de mesmo nome (RS). A pesquisa testou e comparou o uso de fertilizantes convencionais e de fertilizantes premium, com altas concentrações de nitrogênio, fósforo e enxofre em sua fórmula.
O trabalho, que avaliou as safras de soja de 2012/13 a 2015/16, foi conduzido em duas áreas: uma, no município de Cruz Alta, na Região do Planalto (RS); e outra, em São Vicente do Sul, no Sul do mesmo Estado.
Para a realização da pesquisa, todos os nutrientes foram balanceados e todos os nutrientes faltantes no plantio foram aplicados a lanço em cobertura. O objetivo foi avaliar a resposta da cultura a diferentes fontes de fósforo, comparando os fertilizantes fosfatados com enxofre elementar e sulfato com MAP, 00.20.20 e 05.25.25.
MAIS NUTRIENTES
De acordo com Silvano Abreu, engenheiro agrônomo da Mosaic, ficou constatado que “os produtos premium nutrem melhor as culturas e, consequentemente, aumentam a produtividade”.
“Observamos maior eficiência do sistema produtivo, o que é sustentável (para o produtor e para o meio ambiente). O fertilizante premium também deixa um importante residual de nutrientes no solo, fato que pode elevar a produtividade da cultura subsequente. Dessa maneira, a produção de alimentos em uma área já explorada aumenta, reduzindo a demanda por novas áreas agrícolas”, destaca o agrônomo, em entrevista à equipe SNA/RJ.
Abreu ainda orienta: “O uso racional de fertilizantes deve passar, obrigatoriamente, pelo correto balanceamento dos nutrientes. Esta adubação mais balanceada e adequada faz com que os nutrientes possam ser melhor absorvidos e aproveitados pelas culturas, gerando maior quantidade de alimentos por unidade de nutriente utilizado”.
OUTRAS CULTURAS
De acordo com o agrônomo, o fertilizante premium pode ser aplicado em diversas culturas, além da soja, como a de milho, algodão, café, entre outras. Ele também ressalta que existem grandes diferenças entre os produtos premium da Mosaic e os convencionais: a principal delas se refere à distribuição dos nutrientes no solo.
“Devido à sua composição, por contar com todos os nutrientes no mesmo grânulo e granulometria uniforme, há uma distribuição uniforme do fertilizante e de todos os nutrientes. Logo aparecem as diferenças em função da maior solubilidade do fósforo contido no fertilizante e do fornecimento de enxofre durante todo o ciclo da cultura”, informa.
A associação de todas estas diferenças, continua Abreu, “confere uma nutrição mais balanceada, mais adequada e ao longo de todo o ciclo da cultura, resultando em maior produtividade”.
VANTAGENS
Conforme o especialista da Mosaic, inúmeras são as vantagens do fertilizante premium em relação ao convencional: “As diferenças começam por uma granulometria mais uniforme. Os produtos premium da Mosaic, por exemplo, têm maior uniformidade dos grânulos, quando comparado a outros produtos. Mas as principais diferenças estão na composição química destes produtos, porque eles possuem elevada concentração de nitrogênio amoniacal, fósforo de alta solubilidade e maior oferta de enxofre de duas formas, que melhora e prolonga ainda mais a nutrição da cultura”.
Abreu destaca que a empresa multinacional tem conduzido pesquisas em todo o Brasil, nas safras de verão, safrinha e de inverno, desde 2005: “Estas pesquisas, além das mais de mil áreas comparativas que a Mosaic já conduziu no País, demonstram que há um significativo incremento de produtividade quando usamos produtos premium em comparação aos convencionais disponíveis no mercado”.
Como exemplo, ele cita o incremento de quatro sacas de soja por hectare e oito sacas de milho por hectare, com o emprego de produtos premium Mosaic em relação aos demais fertilizantes.
CUSTO AO PRODUTOR
Abreu defende que fertilizantes premium garantem maior produtividade, quando comparados aos convencionais, baseado em investimentos significativos em pesquisa, desenvolvimento e produção de fertilizantes premium. “Por estas razões, a Mosaic cobra um diferencial em seus produtos premium”, salienta.
Apesar do investimento maior, o agrônomo garante que existe melhor relação custo-benefício, tornando menor o custo por unidade produzida: “Os dados e informações, gerados rotineiramente pela Mosaic, demonstram que as economias oriundas do uso de produtos premium, bem como as receitas adicionais advindas de melhores produtividades (em volume e qualidade), compensam o investimento inicial requerido para o emprego desta tecnologia”.
MANEJO
Conforme Abreu, a aplicação de fertilizantes premium não requer nenhum equipamento especial ou qualquer manejo diferenciado: “Pelo contrário, o uso dos produtos premium facilita a aplicação tanto na plantadeira quanto no distribuidor, já que sua qualidade física é melhor que os demais fertilizantes disponíveis no mercado”.
Por causa de sua alta concentração de nutrientes, continua o especialista, muitas vezes existe um benefício operacional com redução de fretes, espaço de armazenagem bem como na operação, que ocorrem garantindo os mesmos níveis de nutrientes, “ou seja, não recomendamos redução de dose pela maior eficiência e, sim, pela alta concentração dos produtos”.
Por equipe SNA/RJ