Desde o ano safra 2010/2011, cerca de R$ 11 bilhões em crédito foram contratados pelos produtores rurais do Brasil por meio do Programa ABC, que visa a implantação do Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura, também denominado Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono).
Em Mato Grosso, o recurso ainda é pouco acessado se comparado com a potencialidade agropecuária do estado. Para incentivar os produtores rurais a aderirem ao Plano ABC, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) realizou o Workshop “ABC – Agricultura de Baixa Emissão de Carbono”. O evento tem o apoio da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato).
“Nós acreditamos no plano ABC. Sabemos que os resultados dos produtores que apostam na recuperação de pastagens degradas, na Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, no sistema de plantio direto e/ou nas florestas plantadas são fantásticos. Acreditamos que o desenvolvimento passa por esse plano, que é por meio desses sistemas que vamos viver uma revolução na agricultura. Por isso é tão importante a realização de debates como esse”, destaca o presidente do Sistema Famato/Senar, Rui Prado.
O workshop faz parte de um projeto da Sedec que prevê a recuperação de dois milhões e meio de hectares de área degradada. “Esse é o ponta pé inicial de uma série de discussões que faremos em Mato Grosso com o objetivo de incentivar o produtor mato-grossense a aderir às práticas de integração para intensificar a produção no estado”, afirma Alexandre Possebon da Silva, secretário adjunto de Agricultura.
Para aumentar a adesão do produtor rural ao Plano ABC, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou o Plano ABC Estadual, que é coordenado pelos governos estaduais. “A gente precisa criar uma estrutura local, qualificada para que o produtor rural sinta-se confortável e seguro em investir nessas novas técnicas. Cabe ao ABC Estadual levar para o produtor rural todas as ferramentas e informações para que ele possa adotar as tecnologias”, explica o coordenador de Implementação do Plano ABC Nacional, Elvison Ramos.
Famato