Campo Grande (MS) – Durante a abertura do 30º Encontro de Tecnologias para Pecuária de Corte, na manhã desta segunda-feira (03) no Sindicato Rural de Campo Grande, o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, reiterou as metas da pasta que assumiu no novo desenho administrativo do governo e demonstrou confiança no êxito de sua missão.
“A nossa secretaria é responsável pelo desenvolvimento do Estado”, disse Verruck, citando o leque de atividades que a Semagro reúne: desde o Meio Ambiente, passando pelo fomento à industrialização, ciência e tecnologia, turismo até agricultura e pecuária. “O objetivo era reduzir custo e gerar eficiência, daí a lógica de criar uma grande Secretaria para cuidar do desenvolvimento do Estado”, frisou.
O secretário cumprimentou o presidente da Famasul (Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul), Maurício Saito, pela realização do evento, que considerou muito importante ao expor as novas tecnologias e debater inovações para o setor, mas lamentou que o evento estivesse acontecendo nesse momento de apreensão. “Muitas de nossas angústias, como o Funrural, a Carne Fraca, não existiam há um mês atrás. Provavelmente o espírito desse seminário, se tivesse acontecido há um mês, seria totalmente diferente. Portanto percebam a dinâmica que é a economia, o mercado, em 30 dias nós mudamos totalmente o cenário”, disse.
O secretário agradeceu, ainda, o apoio constante da deputada federal Tereza Cristina, presente ao evento, em assuntos de interesse do Estado que tramitam no Congresso Nacional. “Eu tenho pautado a Tereza, ela tem ajudado em vários assuntos”, disse Verruck, citando o caso de um projeto de lei que restringia ainda mais as atividades produtivas no Pantanal que estava na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça) da Câmara Federal e foi retirado de pauta com intervenção da deputada.
“Não é que não tem que ter uma lei, mas entendemos que é preciso ter uma discussão mais ampla. Vamos buscar um modelo ideal”, afirmou.
Com relação à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que legitimou a cobrança do Funrural por parte do produtor rural pessoa física, o secretário explicou que não se trata de uma ação do governo visando aumentar a arrecadação, mas sim um tema suscitado pelas próprias entidades representativas do setor produtivo.
“O Funrural já existia, tem gente que não pagou e está inadimplente, tem frigorífico que não pagou e está inadimplente. O Supremo Tribunal discutiu a constitucionalidade a pedido das entidades rurais, não foi nem o governo. Dá a impressão, muitas vezes, que é uma ação de cobrança de impostos, mas [o STF] foi acionado pelo setor produtivo para identificar sua constitucionalidade ou não”.
O Supremo ainda vai publicar o Acórdão e definir como será feita a cobrança, se retroativa aos últimos cinco anos, ou mais. De qualquer forma o assunto já preocupa o setor rural, bastante abalado pelo problema com a exportação de carne e ainda tendo que suportar mais esse impacto.
O 30º Encontro de Tecnologias para a Pecuária de Corte se estende por todo o dia. O Superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Mato Grosso do Sul, Renato Roscoe, é um dos palestrantes com o tema “Uso de Drones na Pecuária de Precisão”.