A Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Produção e Agricultura Familiar) participou de mais uma reunião com o Ministério de infraestrutura sobre a estruturação da Nova Ferroeste, na quarta-feira (14), em Brasília. Dessa vez foram apresentados avanços no projeto da ferrovia.
Participaram da reunião representantes do Ministério de Infraestrutura, do GT Ferrovias Paraná, da Ferroeste e representando a Semagro, o assessor de logística Lucio Lagemann. “Apresentamos os avanços no projeto da Nova Ferroeste, o perfil técnico, os principais desafios de infraestrutura e inovação tecnológica para este projeto”, destaca Lucio.
A Nova Ferroeste será um investimento privado, com extensão total de 1.285 quilômetros, ligando a cidade paranaense de Cascavel a Maracaju. Os trilhos dessa nova malha ferroviária deverão ser, em princípio, de bitola mista (estreita e larga) e vão entrar em Mato Grosso do Sul pelo município de Mundo Novo.
“Este projeto está sendo idealizado com base no modelo de autorização, na qual permitirá que após implantada linha mestre da Ferrovia partindo de Maracaju até Paranaguá, possa surgir as chamadas Shorlines. Estudos realizados pelo Grupo de Trabalho apontam mais de 300 km possíveis de Autorização, incrementando significativamente os investimentos em Logística e na capacidade de cargas”, explica Lagemann.
Ainda em Brasília a equipe se reuniu com a secretária especial da PPI Martha Seillier para apresentações do status do projeto. “O projeto da Ferroeste está avançado sendo destaque a parte ambiental que está sendo trabalhada concomitantemente com a viabilidade econômica, reduzindo o tempo e gerando mais segurança jurídica. Ficou determinado uma próxima agenda com governadores dos dois estados e secretários para protocolo de novos ramais que fazem parte deste grande projeto”, finaliza o assessor.
A Nova Ferroeste deverá atender a uma demanda de transporte de 26 milhões de toneladas de carga. Ao final dos 60 anos de concessão, a projeção é de que a malha ferroviária esteja transportando 38 milhões de toneladas de carga anuais. Esse volume estimado representa cerca de 2/3 da produção do agronegócio dos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e também do Paraguai, sendo que 69% das cargas deverão ser destinadas para a exportação e importação e 31% para o mercado interno. Na lista de produtos que devem ser transportados pela ferrovia estão a soja, o milho, trigo, açúcar, óleo e farelo de soja, carnes, adubos, fertilizantes e combustíveis.