Campo Grande (MS)- A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC) passa a contabilizar, a partir desta quinta-feira (14), as cidades de Batayporã, Fátima do Sul e Caracol na lista de municípios que decretaram situação de emergência em Mato Grosso do Sul. Assim, até hoje, 28 municípios estão em situação de emergência no Estado por causa das chuvas.
O Coordenador-adjunto da Defesa Civil, tenente-coronel Adriano Rampazo, explica que essas localidades não estavam incluídas no levantamento do órgão por não terem solicitado reconhecimento federal. “Elas decretaram situação de emergência, mas ficou apenas na esfera municipal. Agora, vamos incluir essas cidades no nosso levantamento para facilitar o balanço dos estragos. No entanto, é importante lembrar que essas cidades foram atendidas pela Defesa Civil em suas necessidades”, disse.
Tacuru, Naviraí, Coronel Sapucaia, Amambai, Sete Quedas, Paranhos, Caarapó, Iguatemi, Novo Horizonte do Sul, Juti, Aral Moreira, Eldorado, Itaquiraí, Japorã, Deodápolis, Mundo Novo, Bela Vista, Laguna Carapã, Vicentina, Taquarussú, Guia Lopes da Laguna, Dois Irmãos do Buriti, Jardim, Ivinhema e Campo Grande completam a lista de cidades em situação de emergência, juntamente com Batayporã, Caracol e Fátima do Sul.
Desabrigados
O número de desabrigados na região oeste de Mato Grosso do Sul aumentou nas últimas 24 horas. No último levantamento, feito na tarde desta quinta-feira, eram mais de 150 pessoas afastadas de suas casas nas cidades de Aquidauana, Miranda e Dois Irmãos do Buriti.
Em Naviraí, 13 famílias tiveram que deixar suas casas depois que a Defesa Civil condenou os imóveis por causa de uma erosão no município.
Ainda não há o número de desabrigados e desalojados em todas as regiões do Estado. A Defesa Civil segue fazendo esse levantamento.
Taquarussú
O prefeito de Taquarussú, Roberto Tavares Almeida, esteve reunido com o chefe da Casa Civil, secretário Sergio de Paula, nesta quinta-feira, para pedir ajuda financeira ao Governo do Estado.
“Queremos um aporte para quando a chuva parar. Vamos precisar de dinheiro para arrumar a cidade”, disse o prefeito.
Segundo ele, o município já gastou R$ 300 mil nas obras emergenciais, incluindo uma barricada, com aproximadamente 30 metros, feita para conter a água da chuva que alagou uma área de várzea e ameaçava atingir residências. “Esse valor, R$ 300 mil, é muita coisa para o nosso município. Estou cumprindo com a folha de pagamento na marra”, disse o prefeito.
Com o decreto de situação de emergência, a cidade contratou, de forma rápida, uma empresa para construir um duto com 4,5 metros de profundidade e mil metros de cumprimento para drenar a água que estava prestes a invadir alguns imóveis. “Conseguimos conter a água com a barricada, mas se continuar chovendo não vai ter jeito”.
Em Taquarussú, 102 famílias ficaram ilhadas no assentamento Bela Manhã. O Governo do Estado enviou cestas básicas, água potável e kits de limpeza e higiene. Até o fim da tarde, a equipe da Defesa Civil só havia entregue 20 kits por causa da dificuldade no acesso à região. Conforme o coronel Rampazo, a entrega do material só deve ser concluída no fim de semana.
Luciana Brazil, Governo do Estado