Brasília (13/10/2015) -Apesar de o Brasil ser referência mundial na produção agropecuária, 80% dos produtores rurais, que estão na classe C, D e E, ainda não têm acesso às tecnologias que fizeram do país um dos principais fornecedores mundiais de alimentos. Diante desde quadro, o vice-presidente diretor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schreiner, defendeu a democratização da pesquisa e da inovação para estes produtores, para que o país continue dando sua contribuição para erradicar a fome e a garantir segurança a alimentar da população mundial.
“Precisamos que a tecnologia chegue a esses produtores para produzir mais riqueza, gerar mais renda e emprego e para que eles possam dar uma vida mais digna a suas famílias”, justificou Schreiner, em solenidade no Senado Federal para celebrar os 70 anos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), nesta terça-feira (13/10). Segundo ele, o papel do produtor rural brasileiro “se confunde com os objetivos da FAO de erradicar a fome e a pobreza no mundo”. “Estamos plenamente conectados com esse objetivo. Graças à tecnologia, temos condições de contribuir com esse desafio de erradicar a fome e a pobreza no mundo, pois 800 milhões de pessoas ainda passam fome”, afirmou.
Schreiner também enfatizou o papel do produtor rural para a economia brasileira. “Esse é o Brasil que dá certo. O agronegócio gera renda, emprego e superávits na balança comercial. Outros setores da economia que patinam neste momento de dificuldades financeiras deveriam seguir o exemplo rural”, destacou. Ele lembrou que o trabalho de instituições como a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) fez com que o Brasil ampliasse sua produtividade em 350% nos últimos 40 anos, aumentado a área plantada em apenas 50% e preservando 60% do território nacional com vegetação nativa.
“Se há 40 anos produzíamos 50 sacos de milho por hectare, hoje produzimos 200. Nossas vacas produziam quatro, cinco litros de leite por dia e hoje produzem 20. Levávamos de quatro a cinco anos para produzir uma carne de qualidade e hoje conseguimos isso em um ano e meio”, disse o vice-presidente da CNA. Participaram da solenidade o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, a presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, senadora Ana Amélia (PP-RS), idealizadora da homenagem, e o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, entre outras autoridades.
Assessoria de Comunicação CNA