Os dados de custo médio da Cesta Básica Alimentar Individual e Familiar foram divulgados nesta quinta-feira (4) pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, que elabora mensalmente a pesquisa em diferentes estabelecimentos comerciais de Campo Grande.
Dos quinze produtos que compõem a pesquisa, dez tiveram alta nos preços: tomate (15,45%); açúcar (11,89%); batata (10,39%); feijão (6,84%); óleo (4,80%); alface (4,56%); laranja (3,40%); sal (2,04%); banana (0,96%) e carne (0,33%). As baixas ficaram por conta da margarina (1,56%); arroz (0,97%); leite (0,86%); macarrão (0,39%). Já o pão francês manteve seu preço inalterado.
Segundo os pesquisadores, as chuvas constantes elevaram o preço do tomate no mercado interno. Já o açúcar registrou alta pelo quarto mês consecutivo pela priorização da produção de etanol. A Organização Intenacional do Açúcar (OIA), por exemplo, prevê um déficit mundial de 3,53 milhões de toneladas. Entre os fundamentos das projeções estão aumento nos custos de produção, fatores climáticos, alta do dólar e demanda global recorde.
Se por um lado as chuvas atrapalham a colheita do tomate, beneficiam a produção de leite com a ampliação das áreas de pastagens, aumentando a oferta no mercado e diminuindo os preços em 0.86%. A concorrência também influenciou baixas: em alguns estabelecimentos pesquisados foram observadas promoções dos produtos margarina e arroz, influenciando sua queda.
O custo da Cesta Alimentar em janeiro foi equivalente a 42,62% do salário mínimo de R$ 880,00. Em dezembro o trabalhador utilizou 46,28% do soldo para adquirir a Cesta. Porém, é importante destacar que o mínimo teve um aumento de 11,6%.
Semade