Câmara setorial da suinocultura do MS prepara reformulação do Programa Leitão Vida

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(Alterada para correção de informações em 06/07/17 as 10:58)

Mato Grosso do Sul tem alta qualidade de produção e é referencia em controle ambiental e sanitário nas suas granjas, em todas as fases da produção, graças aos investimentos realizados com recursos do programa

Campo Grande (MS) – O novo Coordenador da Câmara Setorial Consultiva da Suinocultura, Celso Philippi Júnior, reativada recentemente junto de outras sete câmaras pelo Secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, realizou na segunda-feira, dia 03 de julho, a primeira reunião com a equipe da Coordenadoria de Pecuária, para tratar das indicações dos titulares e suplentes da Câmara e dar inicio as tratativas para reformulação do Programa Leitão Vida.

Programa Leitão Vida será reformulado

Participaram o Coordenador de Pecuária, Marivaldo Miranda, o secretario executivo da Câmara Setorial da Avicultura, Rubens Flávio Correa Mello, o gestor do Programa Leitão Vida, José Nascimento Oliveira e o secretário executivo da Câmara setorial da suinocultura, Claudio Guedes de Sá Earp.

Segundo Celso, que é empresário do setor, Mato Grosso do Sul tem alta qualidade de produção e é referencia em controle ambiental e sanitário nas suas granjas, em todas as fases da produção.

Mato Grosso do Sul é hoje o sétimo maior produtor da carne suína no País – com 65 mil matrizes, produzindo 1,8 milhões de cevados/ano. Muito dessa evolução, se deve segundo Celso, aos recursos recebidos pelos produtores através do programa e ainda a forma como o Estado orientou e trabalhou para que estes fossem investidos. “Na época em que o programa trocou de nome, no ano de 2000, fomos orientados a investir os recursos devolvidos pelo Governo em sustentabilidade. Isso foi essencial para que alcançássemos a excelência em sanidade que temos hoje.” Lembra.

Segundo o coordenador, o programa estadual de apoio à produção de suínos que é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento da atividade no Estado deve passar por reformulações nos próximos meses para se adequar a realidade do mercado, podendo a exemplo do Programa Precoce MS (de incentivo a produção de bovinos precoces) cobrar atributos não só do animal produzido, mas também do estabelecimento.

Nos próximos dias serão publicados os nomes dos empresários e profissionais do setor que irão compor a Câmara Setorial e ainda do grupo que trabalhará na reformulação, bem como o prazo que estes mesmos terão para a realização deste trabalho. As diretrizes que servirão de base para a reformulação serão apresentadas pela equipe da Semagro que deve conduzir todo o trabalho.

Sanidade

A parceria da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) com os empresários, nos cuidados com a sanidade, resultou em 2016, num sinal verde da Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que aceitou o pedido do Ministério da Agricultura para certificar Mato Grosso do Sul e outros treze Estados com o status zona livre de Peste Suína Clássica (PSC), ação que vem ampliando a base territorial de exportação da carne suína brasileira. 

Entre as ações da Iagro estão: vigilância ativa em granjas de suínos comerciais cadastradas, monitoramento de frigoríficos, vigilância sorológica em todo Estado, vigilância em criatórios de suínos para subsistência, trabalho com barreiras volantes e palestras direcionadas a trabalhadores rurais.

Celso, novo coordenador da Câmara Setorial

Sobre Celso Philippi Júnior

Celso Philippi Júnior é veterinário, pós graduado em sanidade suína e MBA em gestão empresarial pela FGV. Trabalhou por 10 anos nas empresas Frangosul e Seara Alimentos. É Proprietário, desde 2009, de uma granja produtora de leitões de 2400 matrizes no município de Jateí.

Programa Leitão Vida

 Atualmente através do programa Leitão é Vida o Governo do Estado premia a eficiência e eficácia do produtor, com incentivo financeiro que dispensa as Unidades de Produção de Suínos (UPS) – nas operações internas e interestaduais – do pagamento de ICMS incidente nas operações com animais que ultrapassem, por período de doze meses, o teto de doze animais cevados por matriz. Concede – nas operações internas – 10% de desconto no ICMS apurado sobre os animais da Unidade de Crechário (UC), destinados a terminação, e 30 % para a Unidade Terminadora (UT), deduzidos os créditos decorrentes de entradas tributadas.

Kelly Ventorim, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro)