Incentivo Agrícola
A Caixa Econômica Federal (CEF) liberou nesta quinta-feira (14) a contratação de linhas de crédito para produtores rurais, agroindústrias e cooperativas para a safra 2016/2017.
O banco pretende levar em 28% o saldo da sua carteira agrícola no período, saltando de R$ 7,8 bilhões para R$ 10 bilhões. Com isso, deve haver um aumento de 28% nas linhas de custeio, investimento e comercialização.
Projeção
O agronegócio brasileiro deve colher mais de 200 milhões de toneladas de grãos nesta safra, frente a uma produção de 189 milhões no ciclo anterior, segundo dados da Conab.
“As expectativas são de crescimento de produção dos principais produtos, como milho, soja e arroz”, diz Márcio Vieira Recalde, superintendente nacional de Agronegócio da Caixa. “Além disso, o preço do café voltou a melhorar e o mercado sucroalcooleiro mostra sinais de recuperação. Tudo isso é muito bom para a economia.”
Pequenos produtores
Por conta desse mercado crescente, o banco aposta em segmentos como os de cooperativas e agroindústrias, e na simplificação de processos. A Caixa também possui uma rede de 1,6 mil agências habilitadas a operar linhas de crédito rural em todo o País, localizadas nas capitais e cidades de interior com atuação no agronegócio.
“O produtor rural precisa plantar na data certa, o que exige agilidade do banco para auxiliá-lo com recursos para custear à produção. Temos um processo bastante simplificado e muito automatizado. Para valores de custeio agrícola de até R$ 500 mil, a aprovação do projeto se dá online na agência, em tempo real, se a documentação estiver em dia”, explica Recalde. É justamente nesta faixa que se concentra o maior volume de financiamentos. Em média, a Caixa tem emprestado R$ 300 mil por operação.
Novas regras
As novas regras do governo federal também devem impulsionar a demanda por crédito rural com recursos obrigatórios. O Plano Safra elevou os limites de contratação dos produtores de R$ 1,2 milhão por safra para um total de R$ 3 milhões, sendo que até R$ 1,8 milhão pode ser tomado no segundo semestre deste ano e o restante no primeiro semestre de 2017.
As taxas de juros de custeio agrícola e pecuário são de 9,5% ao ano. Para agricultores com faturamento bruto anual máximo de R$ 1,76 milhão, enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), elas são de 8,5% ao ano. Já nas linhas de comercialização, as taxas variam de 9,5% (estocagem) a 11,25% (garantia de preço ao produtor).
Mais recursos
O Conselho Monetário Nacional determina que os bancos devem direcionar 34% dos recursos de depósitos à vista para o crédito rural.
“Alcançamos o último degrau da exigibilidade de recursos obrigatórios e teremos que aplicar aproximadamente R$ 10 bilhões neste ano-safra”, explica Recalde. “Também vamos começar a atuar mais forte com recursos livres e no aumento da oferta das linhas de investimento do BNDES. Nosso objetivo é nos tornarmos o segundo maior aplicador do crédito rural no Brasil em 2022.”
Fonte: Portal Brasil, com informações da Caixa Econômica Federal