O aumento de 1%, dos atuais 7% para 8%, na adição de biodiesel ao diesel mineral a partir de março de 2017, irá gerar uma demanda a mais de dois milhões de toneladas de soja, que correspondem a aproximadamente 400 mil toneladas de óleo proveniente do grão. As estimativas são da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
Em 2017, espera-se que a produção de biodiesel cresça para 4,5 bilhões de litros. Atualmente, o Brasil é o segundo maior produtor de biodiesel, atrás dos Estados Unidos (EUA) e à frente da Alemanha. Em 2016, a produção deverá ser de 3,8 bilhões de litros, cerca de 3% inferior à de 2015. Por sua vez, a produção de biodiesel deverá alcançar 18 bilhões de litros em 2030.
Segundo o presidente da Abiove, Carlo Lovatelli, a crescente participação do biodiesel na mistura com o diesel fóssil é importante para aumentar a industrialização local e para permitir o incremento da oferta internacional de farelo. “Como se sabe, cada tonelada de soja gera 20% de óleo e 80% de farelo. A principal matéria-prima do biodiesel é o óleo de soja (80%).”
Complexo soja em 2017
Para 2017, a Abiove projeta uma produção de 101,70 milhões de toneladas de soja em grão, em relação à atual estimativa de 96,10 milhões em 2016. A associação também prevê alta na exportação da oleaginosa em 2017, considerando que o volume crescerá de 51,70 milhões de toneladas em 2016 para 58 milhões no próximo ano. Já o processamento de soja deverá aumentar em 2017, de 39,20 milhões de toneladas para 41 milhões.
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