Enquanto que nós humanos apresentamos 22.000 genes próprios, nosso microbioma totaliza aproximadamente 10 milhões de genes. Desta forma, os genes desta comunidade que em nós habita, composta por bactérias, vírus, fungos e eventualmente até parasitas pode ser considerado nosso segundo genoma. Sendo que “a união faz a força”, estamos numericamente em desvantagem em relação aos nossos “hóspedes”. Será que somos comandados por eles? A resposta é que nossa relação com o microbioma não é de competição ou supremacia, mas sim uma relação de cooperação. Nós não podemos ter boa saúde e bem-estar sem nossa microbiota, assim como eles também precisam de nós que somos seu habitat.
Como já apresentado em matérias anteriores uma parte desta comunidade é composta por micro-organismos promotores de saúde os quais podemos chamar de probióticos. Um estudo recente apontou que probióticos consumidos regularmente podem melhorar a função cognitiva entre pacientes com demência severa. Foram avaliados pacientes na faixa dos 60 aos 95 anos de idade com Alzheimer. Durante 12 semanas foi oferecido aos pacientes leites probióticos contendo combinações de linhagens de Lactobacillus e Bifidobacterium. Os resultados obtidos são muito animadores!
Esse estudo ilustra que o campo de atuação dos probióticos pode extrapolar o trato intestinal com benefícios sendo aportados até mesmo ao sistema nervoso. Consuma probióticos regularmente e assim boa relação de cooperação com sua flora intestinal estará garantida.
Referências bibliográficas
DIETERT, R. The Human Super-Organism. How the microbiome is revolutionizing the persuit of a healthy life. Dutton. New York. 2016. 341p.
SALAM, M. et al. Effect of probiotic supplementation on congitive function and metabolic status in Alzheimer disease: a radomized, double-bind and controlled trial. Frontiers in Aging Neuroscience, v. 10, 2016.