Um relatório do Departamento de Climatologia Agrícola e Fenologia da Faculdade de Agronomia da UBA (FAUBA), da Argentina, mostrou que o excesso de chuvas no mês de dezembro excedeu em muito a capacidade de absorção dos solos em grande parte do nordeste da Argentina, importante região agrícola do país, e juntamente com o aumento do fluxo e transbordamento de rios, causou inundações em Corrientes, nordeste do Chaco, Formosa e norte da província de Entre Rios.

O documento, assinado pelos professores Liliana Spescha e Maria Elena Fernandez Veliz Adela, adverte que a fase quente do ENSO (El Niño Oscilação Sul) instalado maio 2015 ainda está ativo e com uma intensidade forte.

“Episódios registrados durante as chuvas de dezembro que afetaram mais fortemente o Nordeste da Argentina e o Sul do Brasil, também seriam consistentes com efeito El Niño e fizeram com que as reservas de água no solo aumentassem para algo a mais do que a capacidade de absorção nestas regiões “, apresenta o levantamento.

Inundações na Argentina – Foto: Infocampo

E asituação piorou nos últimos 10 dias. Na verdade, desde 18 de dezembro, as precipitações tinham excedido em muito a capacidade de absorção dos solos, registranado excessos significativos que a superfície de escoamento ou drenagem ajudaram a alimentar o leito dos rios.

E essas inundações que castigam diversas áreas, principalmente as localizadas no litoral da Argentina, já causam prejuízos severos na produção agrícola do país, principalmente na pecuária e frutihorticultura.

“A situação é terrível por conta do excesso de chuvas, tanto na parte urbana quanto na área rural do Centro e Norte de Entre Rios (…) E entre os dias 10 e 15 de janeiro se espera um aumento dos volumes de chuvas”, disse o diretor da Sociedade Rural Argentina, Walter Feldkamp, em entrevista ao jornal La Nacion.

Tradução: Notícias Agrícolas
Por Carla Mendes