Diretoria da CNA participou da abertura do II SIGEE
“A agropecuária é a solução e não vilã do desenvolvimento sustentável”. Foi com esta afirmação que o presidente da CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, João Martins da Silva Junior, iniciou o discurso durante a solenidade de abertura oficial do II SIGEE – Simpósio Internacional sobre Gases de Efeito Estufa, realizado nesta terça-feira (07), em Campo Grande, com a participação de aproximadamente 700 pessoas, entre lideranças rurais, políticas, produtores, pesquisadores e profissionais do setor.
O II SIGEE acontece no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, entre os dias 07 e 09 de junho. O simpósio é promovido pelo Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS e pela Embrapa Gado de Corte – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em parceria com diversas instituições públicas e privadas. A finalidade é compartilhar novos conhecimentos sobre a dinâmica de gases de efeito estufa na agropecuária.
Durante a abertura, o presidente da CNA salientou o desenvolvimento do setor, aliando altos índices produtivos com preservação ambiental. “A pecuária sempre teve o seu papel importante na economia nacional e consolidou a conquista ao setor, baseado no tripé da sustentabilidade que é o social, econômico e ambiental”, reforçou.
O presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito, pontuou os pilares da produção de MS e como o setor produtivo tem se destacado ao unir produção à inovação tecnológica. “Mato Grosso do Sul é privilegiado devido à condição do solo e ao clima. Além disso, é beneficiado por ter três Embrapas e duas Fundações Fundação MS e Fundação Chapadão, o que aumenta a produção e produtividade do setor, diante do trabalho desenvolvido pela comunidade científica. E o terceiro pilar do setor é o produtor rural, com seu perfil empreendedor”.
Saito falou também do trabalho desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte na realização do SIGEE. “Se não fosse o sonho e a inquietude da Embrapa não teríamos hoje um Cerrado tão produtivo”, acrescentou.
O coordenador do evento, Roberto Giolo, apresentou a programação do SIGEE e falou dos destaques deste edição. “Com caráter inovador, incluímos o recebimento de resumos voluntários de pesquisadores. Então, teremos a exposição de 127 trabalhos apresentados no saguão do simpósio, que já efetuou mais de 600 inscrições, até o momento”.
Do mesmo modo, o chefe geral da Embrapa Gado de Corte, Cleber Oliveira, destacou como os trabalhos desenvolvidos pela instituição incrementaram o desenvolvimento rural do Estado. “A Embrapa desenvolveu o CCN – Conceito Carbono Neutro, um processo capaz de neutralizar a emissão de gases de efeito estufa e agregar valor aos processos produtivos, elevando a margem de lucro do produtor rural”, enumerou para um auditório composto de muitos pesquisadores do setor.
A principal finalidade da marca-conceito CCN desenvolvida pela Embrapa é atestar a produção de bovinos de corte em sistemas com a introdução obrigatória de árvores como diferencial. Nessas condições, a presença do componente arbóreo em sistemas de integração do tipo silvipastoril (pecuária-floresta, IPF) ou agrossilvipastoril (lavoura-pecuária-floresta, ILPF) neutraliza o metano entérico (exalado pelos animais), um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa que provoca o aquecimento global. Durante a abertura, Oliveira lançou a marca-conceito Carne Carbono Neutro. “É um conceito produtivo que contribuirá para a implementação do sistema de produção de pecuária sustentável, com a introdução do componente florestal, capaz de neutralizar o metano emitido”, salientou.
O secretário de Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, afirmou que o setor produtivo e a pesquisa científica são responsáveis pelo desenvolvimento rural de Mato Grosso do Sul e citou, em seu discurso, a implementação do Programa Terra Boa. “O programa do Governo de MS tem como objetivo o aumento de produtividade em áreas com algum estágio de degradação, induzindo assim o desenvolvimento”. Por último, Riedel deixou ao público uma mensagem de otimismo diante do atual cenário econômico e político. “A indignação e a coragem são filhas da Esperança”.
Por último, o presidente da Embrapa, Mauricio Lopes destacou o trabalho desenvolvido em Mato Grosso do Sul. “Faz parte do nosso DNA, olhar para o futuro. Este é o principal insumo de uma instituição de pesquisa: o futuro. O que é feito hoje, é impactado lá na frente. O SIGEE é reflexo dessa trajetória”, disse.
Ações paralelas da abertura – A reunião das autoridades possibilitou a formalização de importantes protocolos que têm a finalidade de consolidar ações e programas focados na sustentabilidade do setor agropecuário. O primeiro contrato foi firmado entre a WRI Brasil e a Embrapa foi o GHG Protocol, uma ferramenta de Cálculo de Emissões de GEE no setor Agropecuário que tem objetivo de melhorar a gestão empresarial das emissões agrícolas.
No segundo acordo, a Embrapa e a CNA celebraram o acordo de cooperação técnica e financeira que tem objetivo de desenvolver uma plataforma de gestão do protocolo de rastreabilidade, além de monitorar as informações sobre produtos e serviços da pecuária brasileira.
Durante o evento a Embrapa Gado de Corte anunciou a abertura da seleção de candidatos para o Agroescola. O Programa de Transferência de Tecnologia e Capacitação em Pecuária de Corte existe desde 2012 e já formou mais de 50 profissionais.
A carga horária da capacitação é de 1600 horas, com aulas teóricas e práticas em período integral, sendo que os estudantes recebem formação fundamentada em projetos sobre estratégicas genéticas para melhoria da eficiência de produção e da qualidade da carne bovina e dinâmica de gases de efeito estufa em sistemas de produção da agropecuária brasileira. Ao final os participantes serão multiplicadores de tecnologia em pecuária de corte.
Mais informações e inscrições estão disponíveis nos sites fundect.ledes.net
Lançamento do Gibi: Mitos e verdades da carne.
Alcançar o público infantil e consequentemente os pais das crianças com conhecimentos relacionados a cadeia da pecuária de corte. O conteúdo publicado é embasado em conhecimentos gerais e pesquisas científicas com linguagem lúdica e simples. Diferentes histórias farão parte desta edição que é de responsabilidade da Embrapa Gado de Corte e conta com a parceria da Associação do Novilho Precoce. Na primeira amostra do Gibi o tema principal será gases de efeitos estufas e o material está disponível na versão virtual no portal da entidade. Na abertura do Simpósio um exemplar foi entregue ao presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito; ao presidente da CNA, João Martins da Silva Junior e ao Secretário de Estado de Governo, Eduardo Riedel.
Além das lideranças já citadas, participaram também do evento: o vice-presidente do Sistema Famasul, Nilton Pickler; o diretor tesoureiro da Federação e presidente da Fundação MS, Luiz Alberto Moraes Novaes; a diretora-secretária, Terezinha Candido; o diretor executivo, Lucas Galvan; o superintendente do Senar/MS, Rogério Beretta. Além de demais representantes políticos e do setor produtivo.
Também prestigiaram o evento, os seguintes presidentes dos sindicatos rurais: Ruy Fachini, de Campo Grande; Eduardo Antonio Sanchez, de Aparecida do Taboado; Frederico Stella, de Aquidauana; Lígia Franciscon Ricardo, de Anaurilândia; Altamir José Ramos da Fonseca, de Batayporã; André Cardinal, de Ponta Porã; Luciano Leite, de Corumbá; Otávio Vieira Melo, de Itaporã; Marco Garcia de Souza, de Três Lagoas; João Firmino Neto, de Laguna Carapã; Leandro Mello Acioly, de Bela Vista; Nelson Manoel de Oliveira, de Nioaque; Florindo Cavalli, de Santa Rita do Pardo; Antonio Maram, de Caarapó; José Ricardo Casotti, de Fátima do Sul; Saturnino Silvério, de Camapuã; Edy Elaine Tarrafel; Manoel Agripino de Lima, de Bataguassu; Lúcio Damália, de Dourados; Hermeson Israel dos Santos, Nova Andradina.
Outras autoridades: secretário executivo do SENAR Brasil, Daniel Carrara, presidente da Faeg – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás, José Mário Schreiner, presidente da Faeac – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre, presidente da Faesc – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina, José Zeferino Pedrozo, presidente da Farsul – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul, presidente da Faepa – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Paraíba, Mário Antônio Pereira Borba, Faemg – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, Roberto Simões, presidente da Faes – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo, Julio da Silva Rocha Junior.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Sistema Famasul: Ana Brito, Aline Oliveira e Ellen Albuquerque