Analisando-se a evolução relativa de preços do frango vivo e abatido no primeiro bimestre do ano passado (gráfico “A”, abaixo), constata-se que apresentaram comportamento harmônico entre si.
O que se quer dizer é que ambos chegaram ao final do bimestre com o mesmo índice de evolução: preços cerca de 2% acima do valor inicial do ano. E ainda que o valor médio registrado nos dois meses tenha ficado ligeiramente abaixo do valor inicial do ano, os índices alcançados também ficaram muito próximos: 99,2 pontos o frango vivo; 97,4 pontos o abatido – diferença de 1,8 ponto percentual.
Não é o que ocorre em 2016, pois vem sendo observado grande descasamento de preços entre a ave viva e a abatida. Em detrimento do frango vivo.
O que se observa (gráfico B) é que, mesmo tendo chegado ao final de janeiro com preços inferiores aos registrados nos primeiros dias de 2016, o frango abatido começou a reverter essa situação logo no início de fevereiro.
A reversão então observada não foi pequena, pois, entre 1 e 15 de fevereiro a cotação do frango abatido valorizou-se mais de 20%. A ponto de alcançar-se, ao final da quinzena, um dos melhores preços já obtidos pelo frango abatido resfriado.
Como é normal, encerrada a quinzena os preços no atacado começaram a retroceder. Encerraram a semana (dia 19) com 104,25 pontos, com um avanço que, mesmo não sendo muito expressivo, corresponde a uma cotação 4,25% superior à do início do ano.
O frango vivo está longe disso, pois, principalmente, continua (há quase dois meses) com preços inferiores aos do começo de 2016. E embora tenha, nos últimos dias, obtido valorização de 12%, fechou a terceira semana de fevereiro com 93,33 pontos, o que significa que sua cotação ainda é 6,67% inferior à da abertura de 2016.
Fevereiro ainda não terminou, mas pouca coisa deve mudar daqui para frente. Assim, considerados os valores do último final de semana, a diferença relativa de preços entre os dois produtos chega a 10,92 pontos percentuais. Desta vez, a favor do abatido. No ano passado, a diferença de 1,8 ponto percentual foi a favor da ave viva.
(AviSite) (Redação)