Campo Grande (MS) – O Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste aprovou nesta quarta-feira (27) o financiamento da indústria de defesa com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) e do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO), já a partir deste ano de 2017 e devidamente inseridas nas diretrizes pra 2018.
“Foi retirada a restrição que havia no FCO e no FDCO a financiamentos para a indústria da defesa, que envolve a produção de armas, munição, veículos e outros componentes. Essa é uma atividade industrial que não existe no Centro-Oeste, mas agora passou a ser um item financiável, com aprovação por unanimidade entre os governadores”, informou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck. Essa abertura, no entanto, não envolve empreendimentos de comercialização de armas.
Na reunião do Condel, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, explicou que a indústria de defesa produz, por exemplo, tecnologia da informação e fardamentos. De acordo com ele, a base industrial tem cerca de 60 mil empregos diretos e 240 mil indiretos, e encontra-se concentrada nas Regiões Sul e Sudeste do País. “Estamos criando oportunidade, a partir dessa decisão, para que essa indústria que é tão importante em termos de emprego, de tecnologia e de impostos, possa chegar até o Centro-Oeste”, frisou Jungmann. “Isso é muito importante para o desenvolvimento de qualquer região e também para a soberania e defesa nacionais”, finalizou.
Outras proposições
Na reunião do Condel, o governador Reinaldo Azambuja ainda apresentou proposta que equipara os prazos de financiamento de custeio agropecuário de projetos de investimentos aos mesmos prazos concedidos ao capital de giro associado nas Linhas de Financiamento de Desenvolvimento Rural, do FCO Verde e de Integração Lavoura-Pecuária Floresta. “Na questão do FCO Verde incluímos o apoio a projetos que utilizem fonte de energia alternativa. Existiam algumas dúvidas na forma de financiamente nós colocamos o regramento de forma mais clara”, finalizou o secretário Jaime Verruck.