Mato Grosso do Sul é estado que apresenta a maior probabilidade de ascensão social do Brasil, de acordo com o Atlas da Mobilidade Social 2025. A pesquisa revela que crianças nascidas em solo sul-mato-grossense têm 2,91% de chance de, quando adultas, estarem entre os 10% mais ricos do país. É o maior índice entre todas as unidades da federação.
O Atlas é resultado de uma parceria entre o IMDS (Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social) e o Grupo de Avaliações de Políticas Públicas (UFPE). De acordo com o levantamento, Mato Grosso do Sul está à frente do Distrito Federal (2,83%), de Goiás (2,81%) e de Santa Catarina (2,77%) e acima da média nacional, que é de 1,81%. A média da região Centro-Oeste é de 2,81%.
Para o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), os dados refletem a consistência das políticas públicas adotadas nos últimos anos e a consolidação de um ambiente favorável ao desenvolvimento. “A mobilidade social é um indicador relevante porque conecta oportunidades econômicas, educação e políticas públicas com a realidade das famílias. Os resultados demonstram que Mato Grosso do Sul tem conseguido ampliar essas oportunidades em diversas regiões do estado”, afirma.
O Atlas também revela que a maior probabilidade de ascensão social dentro de Mato Grosso do Sul está concentrada na região intermediária de Dourados, com taxa de 3,49%. No recorte por regiões imediatas, o destaque vai para Nova Andradina (5,28%), Três Lagoas (4,34%) e Dourados (4,01%). Entre os municípios sul-mato-grossenses, os maiores índices de mobilidade social foram registrados em Nova Alvorada do Sul (6,99%), Deodápolis (6,97%), Ivinhema (6,81%), Novo Horizonte do Sul (6,19%) e Brasilândia (6,05%).
Os dados do estudo foram elaborados a partir de indicadores de longo prazo e com base em informações de renda, escolaridade, localização geográfica e transferências de renda, como o Bolsa Família, entre os anos de 2015 e 2019. A principal métrica do Atlas é a probabilidade de uma criança estar entre os 10% mais ricos da população quando adulta, considerando o município ou região de nascimento. “A mobilidade social é considerada um termômetro das desigualdades regionais e da eficácia das políticas públicas voltadas ao desenvolvimento humano e econômico, daí a importância de acompanharmos esse indicador”, finalizou Jaime Verruck.
Marcelo Armôa, Semadesc