A suinocultura de Mato Grosso do Sul avançou em eficiência, tecnificação e qualidade graças ao Programa Leitão Vida, coordenado pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). Prova disso é o volume de suínos incentivados que supera 4,4 milhões de animais desde o início do programa. Em valores os incentivos somaram R$ 53,8 milhões.
O desempenho positivo é resultado da política adotada pelo Governo do Estado, que promoveu em 2020 a reformulação do programa e ampliou os benefícios pagos aos criadores de suínos do Estado. Hoje, as granjas são classificadas em: básica, intermediária e avançada. Para cada uma delas, existe um conjunto de critérios de produção que, ao serem cumpridos, determinam o percentual do benefício a ser recebido pelo produtor em cada uma das modalidades de produção. Além disso, todo o processo é informatizado, proporcionando mais segurança e transparência ao programa.
De acordo com dados da Semagro, do total de 4.451.210 suínos incentivados até o momento; 703.832 animais foram em UPLD (Unidade de Produção de Leitões Desmamados); 139.650 em UPLC (Unidade de Produção de Leitões prontos para abate); 279.689 animais em UPLT (Unidade de Produção de Leitões Terminados); 1.365.216 em Unidade Crechária (UC) e 1.962.823 em Unidades Terminadoras (UTs).
Em termos de exportação de carne suína, no acumulado de 2021 foram embarcadas 16,7 mil toneladas para o exterior por Mato Grosso do Sul, gerando faturamento de US$ 31,55 milhões. Ganho de 28,72% no faturamento de 2020 para 2021.
Investimentos
“Desde 2016 estamos investindo em um cenário propício para receber investimentos em suinocultura. Com a reformulação do programa buscamos estruturar a cadeia produtiva garantindo mais qualidade a produção e melhorando nível de tecnificação. Os esforços têm surtido efeito, com investimentos em todas as cadeias produtivas do Estado. Hoje mesmo, na reunião do FCO, foram aprovados 18 projetos de suinocultura no Estado, no valor de R$ 138 milhões”, salientou o secretário Jaime Verruck, da Semagro.
O secretário destaca ainda que o Programa agora foca principalmente na sustentabilidade, fazendo com que o produtor invista nas questões ambientais, sanitárias e econômicas. “Buscamos não só a qualidade do produto, mas olhando também para o processo produtivo, como um todo. Um dado importante neste ano é que houve uma evolução nas categorias das granjas. Houve queda no montante de propriedades que atuavam e nível básico e intermediário e cresceu o montante de granjas que trabalham em modo avançado”, acrescentou.
O superintendente de Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar, Rogério Beretta destaca que o programa consolida o projeto de expansão da suinocultura no Estado. “O programa tem papel preponderante neste cenário. Um exemplo é que as propriedades estão adotando normas mais modernas de produção para conseguirem melhores resultados. É isso que buscamos”, finalizou.
Rosana Siqueira, Semagro